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34 Setembro 2019 | AutoData Processos » Inovação bilidade e das estruturas da indústria. Omovimento parece irreversível e nes- temomento diversos caminhos surgemna consolidação dessa forma disruptiva de desenvolvimento de soluções para a mo- bilidade, para o produto, o chão de fábrica e a própria administração da indústria. O conceito 4.0 aplicado recentemente com energia nas fábricas brasileiras carrega em seu DNA a cultura de cooperação de ecossistemas diversos, uma premissa da proposta de atuação dos empreendedo- res. É, portanto, razoável a percepção dos líderes do setor automotivo pela neces- sidade de estabeler novos modelos de negócios em todas as etapas da longa cadeia desse setor. A recente pesquisa realizada por KPMG em parceria comAu- toData demonstrou que 72% dos executi- vos acreditam que é imperativo construir parcerias com startups. Sob demanda Existemdiversas formas de utilizar esse recurso e no Brasil todas as opções estão na mesa das montadoras e fornecedores para encontrar a melhor equação. São fei- tas parcerias com instituições de ensino que aceleram os projetos dos alunos, há o modelo de cooperação de montadoras comclientes e fornecedores para o desen- volvimento de aplicações mais eficientes. As montadoras também levam seus re- cursos para ambientes físicos em que já estão reunidas as startups e até dentro das próprias fábricas são criados espaços que incentivam o relacionamento profissional de funcionários comoutras empresas para criar a próxima solução disruptiva. “Criar sob demanda é o desafio atual”, afirma Carlos Sakuramoto, gerente de tecnologia e inovação da GM diante da imposição cada vez mais aguda do con- sumidor. Neste contexto a calculadora entrou em ação para definir as vantagens das startups segundo Ricardo Mendes, gerente-geral de business transformation da Renault: “Chegou-se à conclusão que resolver internamente é muito mais hone- roso que buscar no mercado. Esta é uma mudança de cultura da nossa empresa. Uma organização mais enxuta, como a startup, custa menos e apresenta resul- tados mais rápidos”. A indústria automotiva está deixando de ser o centro do universo da inovação. Esta transformação ocorre porque a ve- locidade dos negócios mudou comple- tamente e a conectividade trouxe novos desafios para o setor automotivo, na avalia- ção de Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas emarketing da Mercedes-Benz: “O tempo da indústria para ouvir, internar, planejar, ir atrás do recurso, desenvolver a solução e entregar ao mercado não é mais viável hoje em dia. O cliente não tem mais esse tempo”. Há cinco anos a Mercedes-Benz não pensava dessa forma, segundo Leoncini: “O foco era simplesmente vender cami- nhão”. Porém a dinâmica da indústria 4.0 transformou não apenas as estruturas produtivas mas também a forma de fa- zer negócios. No ano passado o Grupo Daimler liderou a indústria automotiva com 58 parcerias com startups. No Brasil estima-se que algumas cen- tenas de autotechs, startups ou iniciativas indivivuais de empresas novatas com o setor automotivo atuem na criação de di- versos tipos de soluções. Pode parecer um bom volume de negócios circulan- do nessa nova economia, porém não é bem assim. De acordo com o estudo da KPMG-AutoData 55% dos executivos que participaram da pesquisa afirmaram que não têm nem estratégia de investimentos TRÊS SÓ EM 2019 A Renault conta atualmente com cinco unidades do LAB, centros de inovação, no Brasil. Três foram inaugurados apenas neste ano C M Y CM MY CY CMY K

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