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45 AutoData | Fevereiro 2020 geral de engenharia da Renault: “É um marco muito importante esses vintes anos de história e mais de 4,6 milhões de mo- tores fabricados no País. Eu vivi tudo isso desde o começo, cheguei na empresa em 2001 e vi todos os desa os que a produ - ção da unidade encarou nesse período”. Tudo começou no nal de 1999, com a inauguração da unidade e a nacionali- zação do motor 1.6 16V que era dedica - do ao Clio, Clio Sedã e Scénic no Brasil e exportado para a Argentina para equipar a linha Megane. A capacidade produtiva inicial da unidade era de 280 mil motores e já nos anos 2000 a Renault começou a produzir mais um motor na fábrica, o 1.0 16V que era totalmente dedicado ao Clio e, nesse ano, a empresa atingiu a marca de 30 mil motores produzidos na fábrica de Curitiba em seu primeiro ano completo de operação. Nesse período a equipe de engenha - ria da fábrica também recebeu um desa o importante, de acordo com o gerente: “Recebemos o desa o de desenvolver em parceria com a Peugeot um novo motor 1.0 que seria usado por eles, projeto que deu certo e foi produzido em Curitiba durante alguns anos”. Em 2002 a unidade nacionalizou novos motores e aumentou sua produção com a chegada do motor 1.0 8V, um novo 1.0 16V e 1.2 12V, sendo esse último 100% dedicado às exportações. Com a diversificação da gama de motores nacionais a unidade atingiu seu primeiro grande marco em 2006, com 1 milhão de motores fabricados no Brasil. A empresa seguiu produzindo esses moto- res até 2016, superando a marca de três milhões de motores produzidos no Brasil e também começou a trabalhar no desen- volvimento da nova família de motores. SEgundo CiClo O segundo ciclo de produção da uni- dade começou com a criação do Inovar- -Auto, que entrou em vigor em 2013 e encerrou no nal de 2017: “Com a chegada do Inovar-Auto surgiu a necessidade de trabalharmos emuma nova família demo- Divulgação/Renault tores para atender as metas de e ciência energética que foram estipuladas pelo programa e, a partir disso, nossa equipe de engenharia concentrou seus esforços na criação dos motores 1.0 e 1.6 que são produzidos atualmente em Curitiba”. Depois de alguns anos trabalhando nos novos motores, período que a Renault também usou para preparar a fábrica para produção da nova família, a SCe, Smart Control E ciency, que começou a ser produzida em 2016 com duas versões, o motor 1.0 de três cilindros e o 1.6 de qua - tro cilindros, que chegaram ao mercado entregando menor consumo e melhor desempenho na comparação com os an- tigos, usados para equipar os seguintes modelos: Duster, Duster Oroch, Logan e Sandero. O 1.0 SCe trouxe inovações como duplo comando de válvulas variável na admissão e no escape, tecnologia que na época era considerada inédita emmotores para veículos de entrada, além de ser todo de- senvolvido em alumínio, o que reduziu seu peso em 20 quilos. O 1.6 SCe é trinta quilos mais leve que seu antecessor, equipado com duplo comando de válvulas variável na admissão e injetores posicionados no cabeçote. Segundo Melhorança a equipe de en - genharia da companhia continuará tra- balhando para apresentar novidades no futuro: “O Rota 2030 trouxe, pela primeira vez, uma visão clara de futuro a médio prazo e isso é muito relevante para nós. Conseguiremos nos programar para de- senvolver e atender as exigências do pro - grama nos próximos anos”. O executivo também disse que a com - panhia começará a exportar os novos motores da família SCe para Argentina e Colômbia, países em que a Renault tam - bém possui fábricas, mas ainda monta os veículos com os motores antigos: “Ao longo do ano começaremos a ex- portar esses motores e eles terão, pra- ticamente, as mesmas aplicações que vemos por aqui, porque até o momento os veículos desses países utilizam o motor antigo”.

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