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47 AutoData | Fevereiro 2020 jovem, inquietas e práticas que debateram durante os quatro dias da feira temas dos mais variados como o futuro do traba- lho e da saúde. Discutem como integrar a sustentabilidade em novos produtos e mostram como robôs podem salvar os oceanos. Mais que isso: apresentam pro - dutos e serviços de última geração que já estão à venda ali mesmo – por meio de aplicativos, claro –, serão lançados em al- guns meses ou, no máximo, até a próxima CES, em 2021. Até mesmo as startups apresentaram em um enorme pavilhão exclusivo para elas produtos e tecnologias que já estão maduras para o mercado, esperando um investidor para dar escala comercial. Enquanto isso a maioria dos estandes das fabricantes que estiveram no principal pavilhão da CES continuam com a velha estratégia de exibir conceitos de veícu- los, muitos deles que jamais sairão dos laboratórios. Nesse sentido a indústria automoti- va representada por essas marcas dava a impressão que estava um passo atrás da indústria da tecnologia. É claro que haviam exceções, que serão abordadas mais adiante. Porém, cou nítido que as automotivas zeram mais do mesmo, ocupando um espaço sem, de fato, estarem inseridas no espírito que tornou a CES famosa nos últi - mos anos – tornar o futuro nosso presente. Mesmo com a Toyota anunciando que vai construir uma ciadade totalmente co- nectada, a Mercedes-Benz mostrando um protótipo comvisual impressionante, o Vi- sion AVTR que promete revolucionar com uma tecnologia de bateria desenvolvida a partir do grafeno e completamente livre de materiais raros e metais - essa bateria pode ser 100% reciclada, tornando talvez pela primeira vez esse componente-chave dos veículos elétricos totalmente inde- pendente de qualquer fonte de origem fóssil – parece urgente uma reação mais ágil da indústria automotiva. Porque as empresas de tecnologia estão cada vez mais con antes para atuar nesse merca - do, o da mobilidade, oferencendo todo o tipo de solução: inteligência arti cial e algoritmos para resolver os problemas; itens cada vez mais demandados pelos automóveis e caminhões como sensores para todo o tipo de aplicação, materiais de última geração que podem substituir tudo o que a indústria utiliza hoje, e muito mais. A Samsung e a LG, para citar duas fa - mosas, apresentaram cockpits de auto- móveis com soluções que vão desde o design interior customizado até paineis completos com toda a eletrônica embar- cada construída por eles. APanasonic tem uma divisão, a One Connect, que mostrou um Infotainment totalmente conectado: todos os comandos por voz são levados para um ambiente na nuvem e o OEM cliente dessa tecnologia pode ter acesso imediato à forma como o motorista está interagindo com o veículo. Ao usuário é permitido, dentremuitas coisas, pedir para o sistema acionar o vídeo game integra- do no painel e, enquanto o veículo está parado, jogar o game Sonic – esta foi a dinâmica e o jogo escolhido durante a demonstração. Adivisão One Connect tambémmostra na CES uma experiência já em operação de frota conectada com a Troops Motors – uma ilustre desconhecida no mundo au- tomotivo. São pequenos caminhões para percurso urbano totalmente monitorados. A sul-coreana SK Innovation – outra

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