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19 AutoData | Março 2020 É possível reverter a decisão de algumas empresas em sair do evento? Sim, várias disseramque estão dispostas a discutir sua participação dentro de um novo formato. De onde vem a rentabilidade do salão, da venda de ingressos ou da locação dos espaços para exposição? É uma combinação de ambos. Os cus- tos são altos, investimos mais do que qualquer empresa individualmente. Todo o risco da operação é nosso: o custo xo vai variar muito pouco se tivermos quinze ou trinta empresas participan- do. Alugamos o pavilhão inteiro do São Paulo Expo, além das áreas externas, e depois a questão de locar todo esse espaço disponível é nossa. Vocês estão preparados para registrar prejuízo com a realização do evento? Sim, estamos preparados e dispostos a investir o que for preciso porque acredi- tamos que este momento é transitório. Executivos de marcas generalistas a r - mamque carros de sonho é que atraem o público e, portanto, sema presença de marcas de luxo não vale a pena partici- par. Você concorda? Um Salão do Automóvel precisa ter to- dos os elementos. Sim, temos que con- siderar o aspiracional, mas a marca que diz isso subestima sua própria força. Um salão só de marcas premium também não seria completo. Há um exemplo histórico: o salão de 1986, quando a Anfavea saiu e o Caio [de Alcântara Machado] importou por conta própria vários carros de sonho e fez umevento até hojemuito lembrado. Não vejo essa como a mesma situação de hoje porque agora não há enfrenta- mento: estamos preocupados em dar soluções para a indústria para que o salão continue a ser importante. Temos uma ótima relação com a Anfavea, com a Abeifa e com as empresas. Discutimos tudo conjuntamente. “O salão é uma plataforma que poucos setores têm, há o privilégio de contar com 740 mil apaixonados procurando sua marca. Ele é plural, é diferente de uma concessionária.”

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