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44 Março 2020 | AutoData INDústRIA » MOtOcIcLEtAs “É uma estrutura complexa. Embora ao longo dos anos tenha registrado um aumento de e ciência, praticamente con - tinua a mesma de quando a indústria foi instalada na região. Isso gera bastante des- conforto porque ainda estamos distantes do mercado e dos fornecedores.” Na prática existe um certo limite que determina volume e ritmo de escoamento da produção com os modais utilizados atualmente para transportar materiais e o produto nal, e isso re ete na ponta. No ano passado, por exemplo, a Abraciclo re- conheceu que não se vendeumais porque houve descompasso entre fabricantes e seus fornecedores justamente no que diz respeito ao abastecimento do polo indus- trial de Manaus, também chamado de PIM. “Existe o componente nanceiro, quan - do você tem um fornecedor que não teve musculatura para investir e retomar os volumes de produção maiores depois de anos de retração. Por outro lado pesou muito a questão da logística na região. Problemas de escoamento redundam em atrasos no ponto de venda, fato que pode gerar uma experiência negativa para o consumidor.” Cada fabricante instalada no PIMpossui um tempo médio de escoamento da pro- dução até o varejo, dependendo de sua estrutura logística. No caso da Yamaha, dona da segunda maior fatia do merca- do nacional de motocicletas com 14,2%, atrás da líder Honda, que deteve 81%, as motocicletas levam quinze dias para che- gar até os seus 360 pontos de venda, em um trajeto que envolve o carregamento da produção em balsas e o transporte rodoviário por caminhões. “Este é basicamente o tempo mínimo de entrega nas regiões Sul e Sudeste, onde está nosso maior volume de entre- gas”, conta Afonso Abranches, gerente de relações institucionais. O processo, diz o executivo, é chamado rodo- uvial e ocor - re por meio de carretas do tipo baú até Belém, PA, de onde os veículos seguem para os onze centros de distribuição da companhia. ENxUtOs Dado o entrave logístico que ainda per- siste na região e consta nas contas de cus- tos das montadoras, surgiu a necessidade de se pensar a respeito de produzir mais utilizando a atual capacidade – a ideia é al- ternativa ao modelo tradicional de expan- são já visto nomercado brasileiro, pormeio do qual se aumenta os volumes commais linhas. Surge nesse contexto o argumento que ganha força na indústria fabricante de

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