364-2020-03

50 Março 2020 | AutoData MONtADORAs » PEsADOs Scania Brasil no topo Apostando no nal da crise no mercado brasileiro a Scania anunciou ainda no ano passado um novo ciclo de investimento de R$ 1,4 bilhão que será aplicado no País de 2021 a 2024 para modernização da fábrica de São Bernardo do Campo, depois que o ciclo atual de R$ 2,6 bilhões acabar em dezembro. Durante esse período de grandes investimentos, os números da empresa apontam para cima e a projeção é de crescimento em todos os setores em que atua em 2020, segundo Roberto Barral, vice- presidente das operações comerciais da Scania no Brasil: “Ainda existem algumas incertezas sobre os rumos das economias global e nacional e, por isto, estamos trabalhando com um otimismo moderado neste momento. Mas, a fase da Scania no Brasil é ótima e nossas projeções são de crescimento”. No segmento de caminhões acima de 16 toneladas a empresa projeta alta de 15% a 20% no ano na comparação com 2019, usando como base uma série de fatores, como a expectativa de crescimento do PIB de 2,5%, manutenção de uma política de juros baixos e de uma taxa de câmbio estável segundo Silvio Munhoz, diretor comercial da Scania no Brasil: “Além disso, a previsão é de novo recorde na safra de grãos e estamos iniciando uma retomada do consumo. Tudo isso aumentará a demanda por caminhões pesados”. Com os resultados conquistados por aqui no ano passado, o mercado brasileiro tornou-se o principal da companhia. Em 2019 a Scania vendeu 12 mil 755 caminhões acima de 16 toneladas, sendo o maior volume de vendas da empresa no País nos últimos cinco anos. A alta registrada foi de 47,6% com relação a 2018 e a participação de mercado subiu de 16,4% para 17%. Também houve crescimento em outros dois setores, de ônibus e de motores industriais marítimos em 2019. No primeiro a companhia registrou expansão de 15% ante 2018 e, no segundo, comemorou a venda de setecentos motores a gás dedicados a geração de energia na região Norte do País, o que ajudou a tornar o ano positivo nesse segmento. Durante esse novo ciclo, ao que pa- rece, o foco da empresa será no mer- cado interno, que hoje é o seu segundo principal no mundo, com expectativa de crescimento da safra de grãos que pode- rá aumentar a demanda por caminhões, assim como possíveis demandas do setor de construção que também animam a companhia, até porque alguns mercados vizinhos importantes estão em queda, como Argentina e Chile. Questionado sobre fatores externos, como o novo coronavírus e sua possí- vel repercussão na economia global e a tensão comercial nos mercados chinês e estadunidense, o presidente disse que o board da companhia monitora a situação, mas que os olhares da unidade brasileira estão direcionados para a resolução de problemas no País: “Há assuntos externos importantes, mas precisamos focar na melhoria da competitividade no Brasil. Cuidando das questões internas criamos um cenário de proteção às questões ex- ternas que possam in uenciar nossos negócios”. Depois de registrar faturamento de R$ 9,3 bilhões em 2019 no Brasil, alta de 13% ante 2018, o País terminou o ano como segundo principal mercado da compa- nhia, com 16 mil 844 unidades comer- cializadas, volume 58% maior na mesma base comparativa. Em 2020 as projeções da companhia apontam para alta de 15% nas vendas de caminhões acima de 16 toneladas, enquanto o mercado de ônibus deverá car estável por causa do período eleitoral que re ete nas vendas de ônibus urbanos para os municípios.

RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=