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10 FROM THE TOP » VILMAR FISTAROL, CNH INDUSTRIAL Julho 2020 | AutoData V ilmar Fistarol é o presiden- te da CNH Industrial para a América Latina, o que signi ca que responde, na região, por companhia detentora de seis marcas: Case Construction Equipment, Case IH, FPT Indus- trial, Iveco, New Holland Agricul- ture e New Holland Construction. Ou seja: ele é o responsável por gerir operações que produzem de motores diesel até veículos mili- tares, passando por caminhões e máquinas agrícolas e rodoviárias. Ele é, também, integrante do board mundial da CNH Industrial. Iniciou carreira no grupo em 1991, na Fiat Automóveis, na área de compras. Foi diretor de compras Fiat emvárias regiões do mundo e chegou a CEO global da Fiat Group Purchasing, alémde director presi- dente da Teksid para Nafta e Mer- cosul, vice-presidente de recursos humanos da Fiat América Latina e vice-presidente executivo da Fiat Argentina. Também foi presidente da SAE Brasil no mandato 2007- 2008. Nesta entrevista concedida com exclusividade, cada um de sua casa, tanto o entrevistado quanto os entrevistadores, reuni- dos em ambiente virtual, o execu- tivo falou do momento atual, com um cenário aparentemente mais claro com relação à pandemia, Euro 6, plano de spin o e muito mais. Con ra. Entrevista a Leandro Alves e Márcio Stéfani Ensinamentos a aplicar Comode nir o atualmomentodiantedas consequências da pandemia da covid-19 para os negócios? Pode-se dizer que o pior já passou? A complexidade é muito grande, pois somos o maior conglomerado de bens de capital da América Latina. Atuamos em vários segmentos: motores diesel, caminhões, máquinas agrícolas e ro- doviárias, veículos de defesa etc., e em diversos países. Evidentemente estamos trabalhando com o máximo de caute- la, e isso vem desde o início de março, tanto no nível global quanto local. Três meses atrás o pânico era geral, sem sa- bermos quando poderíamos retornar. Trabalhamos em pilares: proteção das pessoas, dos clientes, concessionários e fornecedores e continuidade dos negó- cios. Nesse meio tempo estudamos os vários cenários possíveis, foi um grande exercício. Erramos em quase todos, e ainda bem, porque estávamos assusta- dos, fomos conservadores, pessimistas: era muito difícil prever qualquer coisa no meio daquele quadro. Ainda hoje é precipitado fazer previsões, mas agora vemos um cenário que se recupera a cada dia, alguns setores foram menos impactados do que esperávamos. Quero crer que o cenário será menos crítico do que parecia, ainda que, insisto, continue a ser difícil projetar qualquer coisa. O agronegócio foi fundamental para esse menor impacto? O agronegócio mostrou a força que tem, e todos os fatores geopolíticos e macroeconômicos que o envolvem têm sido determinantes. O câmbio gera preocupações de custo, mas por ou- tro lado exerce papel importante nas exportações. A tendência é de certa estabilidade.

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