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39 AutoData | Setembro 2020 Fábrica da GM de São Caetano do Sul comemora 90 anos – é mais antiga do que a emancipação da cidade, que já foi distrito de São Bernardo do Campo e de Santo André. S ão raras, raríssimas, as fábricas de veículos no mundo que podem se gabar de completar 90 anos emple- na atividade – algo mais palpável para os países-sede de marcas centená- rias, especialmente na Europa, mas ainda assim bastante incomum. Pois a unidade da General Motors do Brasil emSão Caetano do Sul entrou neste 12 de agosto de 2020 para esse rol, ao ce- lebrar nada menos do que nove décadas de existência, a mais longeva da nossa indústria. E o mais importante: se por fora conserva os belos padrões arquitetônicos da inauguração no portal de entrada e na fachada da área dos escritórios, por dentro, na área fabril, é uma das mais modernas do País. Aliás a fábrica é tão antiga que, na prática, já esteve instalada, pelo menos oficialmente, em São Bernardo do Campo e em Santo André. Isso porque São Cae- tano do Sul só foi emancipada e elevada a município em 1948, quando a planta já comemorava sua maioridade. Originária de uma fazenda em 1905 São Caetano era um distrito de São Bernardo, e passou a distrito de Santo André em 1939. A pedra fundamental foi assentada em 24 de setembro de 1927. Em 1928 a GM Divulgação/GM recebeu da Prefeitura de São Bernardo isenção dos então chamados impostos de Indústria e Profissão e Predial por dez anos, contados a partir do início da ope- ração da unidade. Em troca tinha que apresentar e cumprir os prazos de exe- cução da obra e contratar pelo menos quinhentas pessoas. Inicialmente a fábrica montava apenas veículos comerciais, mas depois passou a montar automóveis em CKD que chega- vam dos Estados Unidos e da Europa. Foi também berço das geladeiras Frigidaire. O primeiro automóvel nacional saiu da linha de montagem só em 1968, o Opala, igualmente o pioneiro automóvel Chevro- let fabricado no Brasil. Para se ter uma ideia da grandiosidade da fábrica da GM perante São Caetano a cidade só ganhou sua primeira concessio- nária Chevrolet em 1971, a Primarca, que existe até hoje, ainda que tenha trocado de mãos em 1999. De lá para cá, naturalmente, os investi- mentos foram constantes para ampliação emodernização da fábrica. Omais recente é de 2018, R$ 1,2 bilhão. SegundoAndreieli Pinto, diretor executivo da fábrica, “reno- vamos a linha de montagem quase que por completo. Os prédios permaneceram

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