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107 AutoData | Outubro 2020 e a alta do dólar impulsiona o preço de exportação das commodities, o que gera um cenário ainda mais positivo. Tudo isso deve continuar no ano que vem, e o câm- bio não deve ser diferente, aumentando a demanda por máquinas”. Alfredo Jobke, diretor de marketing do Grupo AGCO, também está otimista para o ano que vem, apesar de apostar em um crescimento mais tímido, na faixa de 5%: “A safra de grãos deverá ser recorde mais uma vez e ajudará a impulsionar o setor”. Aprojeção de ambos para a produção é de umcrescimento igual ao das vendas, ou talvez até em um ritmo um pouco maior, impulsionada por uma possível recupera- ção mais forte das exportações. Deixam claro, porém, que para isso acontecer o cenário mundial da pandemia da covid-19 tem que estar controlado. Para o fechamento desse ano o otimis- mo é um pouco arrefecido, mas ainda as- simpode ser considerado excelente diante das circunstâncias. Jobke, da AGCO, troca de lado e é quem faz a maior aposta, com incremento de 3% nas vendas ante 2019. Wrubleski é um pouco mais cauteloso e aposta em um empate no melhor dos cenários, ou até queda, de no máximo 5%. AAnfavea, em outubro, atualizou suas Divulgação/Case Divulgação/Valtra projeções: espera para o segmento, neste ano, avanço de 5% nas vendas, para 45,9 mil unidades, sendo 40,5 mil máquinas agrícolas, alta de 3%, e 5,4 mil rodoviárias, avanço de 20%. Para a produção a entidade estima baixa de 4%, por causa de redução de 31% nas exportações. Se para o ano que vem o volume em si não preocupa a cadeia de fornecimento foi considerada um ponto importante de atenção ainda neste 2020: os executivos estão observando de perto o poder de reação dos fornecedores diante da ace- leração de demanda. Segundo Wrubleski os níveis de es- toque de componentes estão abaixo do normal, mas ainda assim sua expectativa é de um empate dos volumes de produção nesse ano ante 2019. Por seu lado a AGCO está confiante em que problemas mais sérios não acontece- rão, baseando-se em relatos dos parceiros recebidos durante reuniões frequentes. Jobke estima que a produção este ano possa crescer até 3%, seguindo o ritmo das vendas ao mercado interno. Nas exportações, para 2020 a AGCO projeta recuo de 30% a 35% enquanto a CNH estima retração um pouco menor, de 15% a 20%.

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