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110 Outubro 2020 | AutoData EVENTO » SEMINÁRIO AUTODATA A pandemia trouxe dificuldades para todos os setores econômicos do Brasil, comparalisação das linhas de produção, fechamento do comércio e retração dos indicadores de consumo. Foi nesse momento, no entanto, que mui - tas empresas redesenharam seus mode - los de negócios e investiram em inovação, razão que indica que o momento de crise também é o das oportunidades. Para mostrar esse cenário em maior profundidade a AutoData Editora promo - veu, no fimde setembro, durante dois dias, o seminário O Novo Brasil, o que Esperar do Futuro, realizado em ambiente virtual. Especialistas debruçaram-se sobre as op - ções que o quadro atual da economia do País oferece em termos de crescimento e de melhorias das estruturas sobre as quais estão sedimentadas as empresas do segmento automotivo. Para José Velloso Dias Cardoso, presi - dente da Abimaq, a indústria de transfor - mação não conseguiu se recuperar dos efeitos negativos da pandemia na mesma proporção que outros setores: sobre os fabricantes e suas cadeias de fornece - dores incidem ônus tributário e político que impedem a recuperação e o ganho de competitividade. Por Redação AutoData O novo Brasil e seus velhos problemas Inovação, tecnologia e reformas foram temas apresentados com insistência por especialistas em evento promovido pela AutoData Editora “O setor de automóveis não se recu - perou como o de máquinas, que registrou os melhores julho e agosto desde 2013. Se o País não aproveitar o momento para realizar as reformas necessárias não con - seguiremos nos posicionar como uma in - dústria competitiva, que deverá ser global novamente a partir de novembro, quando acabará a onda Made in Brazil.” Para o dirigente da Abimaq as reformas tributária e administrativa “poderiam pro - vocar melhorias no mercado interno em termos de custos de produção”. Segundo ele 46% do custo total de produção da indústria nacional diz respeito à tributação: “Não dá para competir com a China, por exemplo, onde esse índice é de cerca de 8%”. O momento também seria propício para a união das empresas em torno de pautas comuns, propôs Ricardo Bacellar, diretor da área automotiva da KPMG: “Exis - te uma janela de oportunidades, mas com prazo. É momento de união para a resolu - ção de temas caros ao setor e também é o momento de pensar em novas formas de receita”. Para Flávio Padovan, CEO da Social In/ Mentor & Business Advisor, isso poderia ajudar a indústria automotiva a ocupar a

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