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20 Outubro 2020 | AutoData Entrevista a Marcos Rozen De olho no dólar. E nos híbridos e elétricos. Como será o fechamento do ano para o mercado geral e para os importados de acordo com os dados da Abeifa? Por enquanto mantemos a perspectiva de queda de cerca de 30% no volume total, descendo de 2,6 milhões para 1 milhão 850mil. Estamos esperando o fim do trimestre para ajustar as projeções, se for o caso. Para os importados das associadas à Abeifa calculamos baixa um pouco menor, na faixa de 15% a 20%, porque tivemos um primeiro trimestre muito bom e no segundo e começo do terceiro havia estoques com câmbio mais favorável. Mas estes estoques ago- ra se esgotaram e os novos chegaram com câmbio bem mais alto, o que tem que ser repassado aos preços. No início da pandemia a Abeifa solici- tou ao governo federal, via Ministério da Economia, redução da alíquota de importação de veículos, mesmo que de forma temporária, como forma de aju- dar o segmento a atravessar o furacão. Isso não aconteceu. Foi uma batalha perdida? Ainda mantemos conversas com o go- verno nesse sentido, e a resposta que o governo nos dá é a de que existe a procura por oportunidades para pro- mover alterações nas alíquotas não só para automóveis mas, sim, de forma mais ampla e geral. Então, dentro des- se trabalho, nosso setor pode vir a ser contemplado. Mas de concreto, até o momento, nada. O governo foi eleito a partir de uma proposta de agenda eco- nômica liberal, mas a postura, no que diz respeito ao comércio exterior, não é nada liberal. Isso gera dificuldades para o País, pois quando você se fecha para o comércio internacional há restrições para atrair investimentos, é danoso a longo prazo. FROM THE TOP » JOÃO DE OLIVEIRA, DA ABEIFA

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