371-2020-10

24 Outubro 2020 | AutoData Entrevista a Marcos Rozen De novo em busca do milhão Como se resume 2020 para as motoci- cletas? Esperávamos uma continuidade da re- tomada. Em 2011 chegamos a produzir 2 milhões de motos, depois esse volume despencou e estávamos recuperando, crescendo gradativamente ano a ano. Começamos bem este ano, perto de 100 mil unidades fabricadas ao mês. Veio a pandemia e fomos uns dos pri- meiros a sentir os efeitos, com as fabri- cantes instaladas emManaus. Em abril e maio a produção foi praticamente zero. A partir de junho voltamos e em julho e agosto retomamos o volume pré- -pandemia, perto de 100 mil unidades ao mês. Mas ainda é aquém do que o mercado está pedindo. A indústria não está conseguindo aten- der à demanda? As fabricantes adotaram uma série de protocolos de segurança, sendo que o distanciamento dentro das fábricas e no transporte fretado é o mais com- plexo. Isso cria um descompasso da necessidade de produção com o que é possível ser feito. A paralisação criou um acúmulo de entregas pendentes para os consórcios, que respondem por cerca de 20% do mercado ao mês, e há ainda o tempo de transporte das fábri- cas até a rede, de cerca de quinze dias. Ainda não conseguimos resolver isso. Somado a isso a pandemia reforçou o protagonismo da moto como serviço de entrega e ainda a procura por uma saída do transporte coletivo para o individual. Isso tudo alimentou o mercado. Como está hoje o nível de estoque? Muito baixo. 85% da produção é de bai- xa cilindrada, segmento que está com cerca de cinco a dez dias na rede, se tanto. Tanto no atacado quanto no varejo agosto foi o melhor mês do ano. No acumulado do ano a produção ainda registra queda de 21%, mas a possibili- dade de recuperar a baixa é remota. Do FROM THE TOP » MARCOS FERMANIAN, ABRACICLO

RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=