371-2020-10
26 Outubro 2020 | AutoData 1 milhão 107 mil previstos inicialmente devemos terminar com 885 mil. A cadeia de fornecedores está conse- guindo acompanhar? Este é outro desafio, tanto para os locais quanto para os da Ásia. Foi mais difícil no início do retorno da atividade, mas agora aparentemente voltou ao ritmo normal. Omercado de varejo até agosto está em baixa de 25%. Como fecha o ano? Esse muda um pouco, a queda deve ser aliviada para uma faixa próxima de 20%. Esperamos bons resultados no último trimestre. E 2021? O cenário para a motocicleta deve prosseguir como o atual. Mas ainda não sabemos como será a recupera- ção da economia e o nível de emprego, especialmente diante do fim do auxílio emergencial. Há muita incerteza. Ainda não temos projeções. Mas imagina-se um ano melhor do que 2020? Sem dúvida, até porque tivemos dois meses parados, o que é muita coisa. Nossa expectativa é a de recuperar o patamar de 1 milhão de unidades o quanto antes. Seria possível uma retomada em V? É possível mas dependerá de políticas públicas, da capacidade dos nossos go- vernantes de gerar condições positivas para a economia. E as exportações, alguma possibilidade de recuperação? É pouquíssimo provável, pois nossas exportações estão concentradas na América do Sul, com a Argentina como o maior mercado. Já chegou a repre- sentar 70% do total, em 2018, e eles já estavam sofrendo antes mesmo da pandemia. Estamos procurando alter- nativas. Há outros com potencial, como Colômbia, Peru, Chile. Se o mercado brasileiro é de 1 milhão de unidades na América do Sul, fora o Brasil é de 1,5 milhão. É um potencial grande. Mas há uma questão de preço versus qua- lidade para enfrentar também, muitos desses mercados são abastecidos pela Ásia. Na Argentina esse movimento já estava sendo sentido, os consumido- res perceberam que um preço menor de aquisição não compensava o custo com desgaste prematuro de peças e/ ou a dificuldade de encontrá-las. De qualquer forma a expectativa inicial para esse ano era de 28 mil unidades exportadas, 10 mil a menos do que em 2019, e até agosto exportamos 20 mil unidades. Se conseguirmos manter o ritmo atual, de 4 mil a 5 mil unidades ao mês, poderemos fechar o ano com um volume total até melhor. Alguma possibilidade de exportarmos para Europa e Estados Unidos àmedida que nossa norma de emissões é muito próxima? Os volumes de produção daqui não nos dão competitividade para compensar o custo do frete e outras coisas. As ca- racterísticas também são distintas: nos Estados Unidos a moto de entrada é de 500 cm3 de cilindrara, 600. E na Europa o forte é o scooter. “O necessário distanciamento dentro das fábricas e no transporte fretado cria um descompasso da necessidade de produção com o que é possível ser produzido.” FROM THE TOP » MARCOS FERMANIAN, ABRACICLO
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