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32 Outubro 2020 | AutoData OPINIÃO » ARTIGO N esta minha já longa carreira de quase 35 anos acompanhando os acontecimentos relativos ao setor automotivo considero que vivi mui- to de perto aquilo que, costumo dizer, foi um dos mais fantásticos períodos de crescimento desta indústria no Brasil e que nos levou, inclusive, a ter um dos parques industriais automotivos mais im- portantes de todo o mundo. Infelizmente neste tempo todo tam- bém acompanhei de perto várias crises importantes. Algumas delas de dentro das entidades e montadoras onde trabalhei, outras já em AutoData, onde estou pre- sente desde sua fundação, em 1992, ano que marcou a saudosa Câmara Setorial Automotiva. Dá até pra enumerar algumas destas crises: o confisco da poupança no gover - no Collor, a mega inflação do começo dos anos 90, a chegada do plano real, da Rússia, da Coréia, do Japão e do México, a crise cambial do início do governo Lula, a financeira de 2008, a recessão de 2015, o impeachment da presidente Dilma e outras. Sobrevivemos a todas elas e, com o tempo e experiência acumulada de vida, aprendi que, em um País com o potencial do Brasil, estas crises podem trazer gran- des oportunidades que, se localizadas e bem trabalhadas, sempre resultam em sucesso e bom resultado, tanto empre- sarial como pessoal. CLUBE DE LOUCOS Acredito que vamos chegar muito perto de cerca de 2 milhões de veículos produzidos e vendidos no Brasil até dezembro deste ano Vivemos neste 2020 um dos momen- tos mais críticos e esquisitos da nossa história. E tudo por causa de um bichinho chamado coronavírus, que chegou de repente e bagunçou tanto a saúde como a política e a economia. A situação atual ainda é bastante pre- ocupante. Muita gente ainda está, infeliz- mente, morrendo, e a economia continua vivendo uma crise cruel quase que em todo o mundo. A indústria automobilística brasileira, por exemplo, ficou pouco mais de três meses quase que sem produzir e ven- der e, em função disto, há uma previsão Por Márcio Stéfani Rafael Cusato