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36 Outubro 2020 | AutoData OPINIÃO » ARTIGO A uscultar os humores do futuro é tare- fa para alguns, aqueles dotados de rimas e métricas contemporâneas, os algoritmos, alinhadas ao desco- nhecido e capacitadas a dar a resposta que o poetastro pretende. No caso do setor de veículos, no Brasil, e de suas perspecti- vas para 2021, melhor deixar a cargo dos acertos e das revisões conservadores, que representam o lugar corrente da Anfavea no firmamento – essas revisões certamen - te estarão, ao longo do tempo, costeando com a realidade. Há quem reclame de não receber os dados da realidade como insight information. Aparentemente as projeções da Anfa- vea seguem chegando perto às da eco- nomista chefe do Banco Mundial, Carmen Reinhart, para quem a recuperação global pode demorar cinco anos, fácil fácil, e para quem alguns países sofrerão mais e para quem taxa de pobreza, no mundo, deve crescer. Minha crença sobre o futuro próximo pós-pandemia é, basicamente, a mesma de antes da segunda-feira, 16 de mar- ço, quando me declarei enclausurado. Covid-19 mata, sim, as pessoas, causa transtornos impagáveis às empresas e aos cidadãos, requer infraestrutura de saúde digna desse nome, reflete incapacidade e incompetência de governantes exercendo o plantão – mas um dia a covid-19 estará sob controle e a vida voltará à de sempre. Por Vicente Alessi, filho Chegaremos aos tuc-tuc? Antes de responder leia o texto e conheça os surpreendentes resultados de pesquisa do IHME, de Seattle, Estados Unidos Ou a quase isso, acredito. Todas as experiências vividas nesse período que signifiquem economia de custos – da qual a mais aparente é o trabalho feito em casa e que provoca, por exemplo, que empre- sas requeirammuito menos espaço, água, café e luz para operar – serão preservadas. E aquelas experiências comportamentais ou voltam ao que foram ou esperam pela próxima mudança, pois é moda. E, a valer o que diz minha irmã Beatriz, que o ser humano não falha, nem deve propagar- -se por nós o sentimento da solidarieda- de, que alguns saudaram como vitória da covid-19. Arquivo Pessoal