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73 AutoData | Outubro 2020 2 000 -5,9 5,3 2 1,9 2 300 3,6 5,3 3 3,2 Produção Vendas Exportação Produção Vendas Exportação PIB (%) Dólar (R$) Selic (%) Inflação (%) Mercado total (em mil unidades) Montadora (em mil unidades) Macroeconomia Perspectivas 2020 | 2021 meiro presidente, a dizer que o rombo seria superior a R$ 50 bilhões na cadeia automotiva. E agora, sem titubear e prati- camente sem sotaque – o que demonstra realmente quando um líder estrangeiro fala com convicção e tranquilidade sobre seus objetivos – Zarlenga espera para o fim de dezembro 2 milhões de veículos vendidos: “Se não chegar vai faltar bem pouco para isso”. Para o ano que vem haverá, no Bra - sil, a recuperação de 300 mil unidades acrescidas ao resultado projetado para 2020. Na Argentina as 280 mil unidades deste ano serão 40 mil a mais em 2021. No total a América do Sul tem potencial para mais 500 mil veículos vendidos em 2021 quando, segundo Zarlenga, a região terá ummercado de 3,4 milhões de unidades. Mas as coisas não estão fáceis e o de- safio é imenso para recuperar os prejuízos: “Temos que voltar à rentabilidade rápido”. Alguns ajustes importantes, como o apoio da GM a fornecedores mais vulneráveis para evitar qualquer risco de colapso em sua cadeia de peças, sistemas e com- ponentes, dentre outras ações, não se- rão suficientes caso as projeções não se confirmem. E a matemática já está pronta para o plano B: o ajuste de empregos na cadeia acompanhará a queda do volume de ven- das: “Temos que voltar à rentabiliade rápido. O que não é core para a companhia corre riscos. Hoje a GM Brasil é, mas daqui três anos tudo pode mudar. O desafio é manter todos os dias a operação relevante para a matriz.” Carlos Zarlenga, presidente da General Motors para a América do Sul “Se as vendas caírem 33% este será o porcentual de ajuste na força de trabalho”. Por isso Zarlenga espera um ritmo de vendas mensal a partir de outubro que seja próximo ou superior a 200 mil unida - des. E que essa velocidade se mantenha no mercado no primeiro trimestre do ano que vem. Se não, “após esse período, será inevitável o ajuste nas fábricas”. Não apenas pela pandemia mas este momento da história deixa a relevância do Brasil em xeque no tabuleiro automotivo global. Relevância que vem sendo perdida nos últimos anos e que pode ser atropela- da pela transição para a eletrificação, que vai retirar recursos dos projetos de produ - tos tradicionais: “Isso causará impacto no volume de investimentos nos próximos três, quatro anos”.

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