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20 Fevereiro 2021 | AutoData MONTADORAS » FORD plausível a se analisar no momento é o volume de vendas da Ford em janeiro. E aqui o resultado foi claro: a Ford ficou na oitava posição, com 5% do total de auto- móveis e comerciais leves. Em 2020, no mesmo critério, fechou no quinto lugar, com 7%. O Ford mais vendido no total do ano passado foi o Ka, no sexto lugar, en- quanto em janeiro o modelo foi apenas o décimo-sexto do ranking. Na comparação com janeiro de 2020, ainda que pese a questão da pandemia que naquele momento não existia, as ven- das da marca caíram 43,6%: o mercado total, sempre considerando automóveis e comerciais leves, ficou em redução de 12% no mesmo comparativo. É cedo ainda para avaliar todas as consequências para a Ford em termos de presença no mer- cado nacional, mas não deixa de ser um importante indicativo. BILHÕES E MAIS BILHÕES No pouco que disse a Ford revelou que custará US$ 4,1 bilhões para encerrar suas atuais operações produtivas no Brasil, sendo US$ 2,5 bilhões com impacto direto no caixa, que servirão para pagar funcio- nários, fornecedores e concessionários. O US$ 1,6 bilhão restante está relacionado a impactos contábeis, depreciação acelera- da e amortização de ativos fixos. Para fechar a unidade do Taboão e consequentemente a produção de cami- nhões e do Fiesta a Ford, na época, 2019, calculou que gastaria US$ 460 milhões, sendo US$ 360 milhões saindo do caixa. Ao todo, portanto, emdois anos, a Ford vai gastar efetivamente nada menos do que US$ 2 bilhões 860 milhões para fechar suas fábricas no Brasil e se tornar apenas uma importadora – pelo câmbio do início de fevereiro, na faixa de R$ 5,30, isso dá estupendos e inacreditáveis R$ 15 bilhões. É um volume de dinheiro que a Ford nunca investiu no Brasil em um intervalo tão curto de tempo. Como referência Camaçari inteira, construída do zero, custou, em 2001, US$ 1,2 bilhão. Só que essa montanha de dinheiro não é nem um terço do que a Ford glo- bal calculou, em 2019, que custaria para colocar em prática o que ela chama de