374-2021-02
34 Fevereiro 2021 | AutoData MONTADORAS » STELLANTIS do obviamente à demanda por modelos eletrificados que serão produzidos em plataformas versáteis, capazes de abrigar um powertrain híbrido, a combustão ou elétrico plug-in. Para começar Tavares busca aliviar os custos em€ 5 bilhões com sinergias, dos quais 40% virão de convergências dessas plataformas, módulos, sistemas e eficiên - cias em processos de manufatura. As compras de todas as marcas repre- sentarão outros 35% do objetivo aprovei- tando a enorme escala produtiva do grupo para diminuir o custo total dos insumos, autopeças e outros itens, em particular componentes elétricos e de alta tecno- logia. Os 25% restantes virão da integração de atividades emdiversos departamentos como o de vendas e marketing, TI, logís- tica, suprimentos, qualidade e operações de pós-vendas. O Brasil e a América do Sul passarão pelo que foi chamado de “melhoria de custos” das operações em regiões em que as duas companhias es- tão presentes:“80% das nossas compras serão comuns em quatros anos”, calculou Tavares. O momento é de organização dos di- versos setores que compõem essa nova empresa. Assim, os líderes globais de en- genharia e compras, por exemplo, estão definindo com os líderes regionais como será a equipe responsável pela gestão dessas áreas. Apesar da eficiência para construir este grupo em tempo recorde o processo agora leva naturalmente mais tempo para definir essas equipes de acordo com as neces- sidades e possibilidades em cada região. Para a América do Sul a tarefa é do COO Antonio Filosa, que reportará tanto para Carlos quanto para Mike Manley, o chefão para as Américas. Ou seja, ainda há uma etapa para a nomeação da equipe de Manley, que tem responsabilidades por 44% do faturamento da Stellantis só na América do Norte. Por isso deve levar uns bons meses para que essa estrutura organizacional esteja definida. A expecta - tiva é que no segundo semestre todos os “ Utilizaremos a importante escala produtiva das marcas para trabalhar a inovação, sermos disruptivos, dentre outras iniciativas que algumas empresas não conseguem justamente por causa da menor capacidade produtiva. A Stellantis visará à excelência e não ao tamanho.” Carlos Tavares executivos estejam ocupando suas posi- ções e a Stellantis comece a atuar com 100% de sua força. SEGUNDO PASSO É inegável o potencial para a operação na América do Sul com a integração das unidades produtivas e seus fornecedores das diversas marcas que atuam por aqui. No campo da especulação a maior delas é que os veículos feitos em Porto Real, RJ, possam utilizar o novo powertrain que a Fiat produzirá em Betim, MG. Outras sinergias como aproveitar a experiência da Fiat em ações e posicionamentos de mercado nas agora marcas irmãs de me- nor participação também são ventiladas nos bastidores para um futuro próximo. O que já está definido, contudo, é o princípio básico que vai direcionar os negócios da Stellantis em cada região. Naquela terça-feira, 19 de janeiro, Tava- res foi definitivo quanto ao processo de decisão para produzir e vender veícu- los eletrificados em certos mercados: “A eletrificação tem a ver com os governos. Como direcionarão suas políticas nesse tema? Desenvolvendo uma rota de mo- bilidade com baixa emissão ou copiar e colar o modelo de outra região? Essa é
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=