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43 AutoData | Fevereiro 2021 sas? Qual seria a melhor maneira de o Estado agir diante destas empre- sas, principalmente neste momento de pandemia? Antônio Carlos Galvão: As empresas precisamde ummelhor ambiente de ne- gócios em lugar de subsídios. Para isso precisamos de uma agenda de refor- mas abrangente que gere um ambiente mais favorável aos negócios, reduzindo o custo Brasil e promovendo o cresci- mento sustentado do PIB. Com isso o setor industrial alcançaria economias de escala, melhorando a produtividade e a eficiência. Besaliel Botelho: Acredito que o passo mais importante nestemomento é tornar viável e ágil a vacinação contra a covid-19 para toda a população brasileira. Com isso teríamos uma esperança de conter a disseminação do vírus e retomar nossas rotinas pessoais e profissionais de ma - neira menos preocupante, mesmo que ainda mantendo os hábitos preventivos. No início da pandemia o governo adotou as medidas emergenciais necessárias para apoiar famílias e as empresas, o que foi essencial para muitos negócios e, especialmente, para a manutenção dos empregos. Contudo estes incentivos têm impactos nas contas públicas, e uma eventual continuidade deverá ser avaliada com muita cautela para não onerar e gerar novos problemas ao País. É importante destacar ainda que o futuro dependerá da capacidade e do ritmo de recuperação dos mercados e das reformas estruturais necessárias. Carlos Delich: A atuação conjunta dos setores público e privado com objetivo de beneficiar a economia e a sociedade é muito bem-vinda, e há muito poten- cial reservado. Em 2020, por exemplo, a flexibilidade concedida às empresas no cenário trabalhista foi muito importan- te para a manutenção de empregos e para os negócios. É importante reforçar que o diálogo é muito importante para que qualquer iniciativa seja condizente e responda às necessidades. Marcos de Oliveira: Incentivos setoriais ou regionais são ferramentas utilizadas por diversos países de acordo com as prioridades e necessidades de desen- volvimento econômico, social e das prioridades de cada um. Mas no longo prazo carga tributária competitiva, con- sistência para implementar políticas pú - blicas, marcos regulatórios e legislações adequadas, educação, formação profis - sional e infraestrutura que permitam a concorrência com os melhores países do mundo em condições de igualdade são muito mais importantes para o País, para a sociedade e para as empresas. Raul Germany: Confiamos no papel, ca - pacidade e potencial de nossa indústria “ O diálogo é muito importante para que qualquer iniciativa seja condizente e responda às necessidades” Carlos Delich, presidente da ZF América do Sul O futuro dos mercados de veículos comerciais SETEMBRO
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