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» EDITORIAL AutoData | Fevereiro 2021 Por Marcos Rozen, editor Direção Geral Leandro Alves Conselho Editorial Isidore Nahoum, Márcio Stéfani, S Stéfani, Vicente Alessi, filho Redação Marcos Rozen, editor Colaboraram nesta edição André Barros, Leandro Alves, Márco Stéfani Projeto gráfico/arte Romeu Bassi Neto Fotografia DR e divulgação Capa Arte AD com imagem acervo MIAU Museu da Imprensa Automotiva Comercial e publicidade tel. PABX 11 3202 2727: André Martins, Guilherme Christians, Luiz Giadas; Luciana Di Biasio, assistente de marketing Assinaturas/atendimento ao cliente tel. PABX 11 3202 2727 Departamento administrativo e financeiro Isidore Nahoum, conselheiro, Thelma Melkunas, Hidelbrando C de Oliveira, Vanessa Vianna ISN 1415-7756 AutoData é publicação da AutoData Editora e Eventos Ltda., Av. Guido Caloi, 1000, 4º andar, sala 431, bloco 5, 05802-140, Jardim São Luís, São Paulo, SP, Brasil. É proibida a reprodução sem prévia autorização mas permitida a citação desde que identificada a fonte. Jornalista responsável Leandro Alves, MTB 30 411/SP autodata.com.br AutoDataEditora autodata-editora @autodataeditora Não era bem isso que tínhamos combinado O ano não começou exatamente como esperávamos para o setor automotivo: a expectativa por um início de recupe- ração dos índices via vacina deu lugar ao anúncio, no fim de dezembro, do encerramento da produção de automóveis Mercedes-Benz em Iracemápolis, SP, acompanhado quinze dias depois da bombástica decisão Ford de deixar de ser uma produtora local para converter-se em importadora. Se pudéssemos poderíamos dizer a 2021 que não era bem isso que tínhamos combinado, ainda que, felizmente, a vacina tenha, efetivamente, aparecido. Ao menos, assim, uma parte do acordo foi cumprido – e é torcer para que o processo seja o mais célere possível nesse caso. Mas o tema Ford ainda há que reverberar muito, sem sombra de dúvida, em nosso meio. A poeira nem baixou ainda e deve demorar bastante para isso acontecer, mas já é possível analisar os primeiros instantes do pós-trauma. Para isso certamente o leitor pode, e deve, contar com essa AutoData que lhe chega todos os meses. A inescapável realidade que a Ford nos impôs precisa ser entendida, digerida e debatida para que saibamos exatamente onde, como e quando atacar nossas fraquezas, em todas as esferas. O Brasil não pode aceitar essa decisão simplesmente como um fato corriqueiro fruto de uma decisão empresarial isolada. É preciso compreender que a forma com que as coisas funcionavam simplesmente não resolve mais. Não há como ignorar que a Ford desistiu de produzir veículos aqui mesmo instalada na região com os maiores benefícios fiscais para o setor automotivo no País. Ficou claro que essa política, por si só, não é mais exclusivamente determinante para as empresas. É preciso ter grandeza para reconhecer nossas lacunas e a partir daí realmente buscar soluções práticas e reais pensando como um país. E se neste caminho o objetivo for o atendimento de interesses prioritariamente pessoais, corporativos ou setoriais, falharemos miseravelmente outra vez. A grandeza de aban- donarmos a individualidade em nome do interesse comum é difícil de ser alcançada, mas será o único caminho para não nos apequenarmos ainda mais. Quem topa?

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