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51 AutoData | Fevereiro 2021 corrige só parte da ineficiência”, Mesmo com o dólar valorizado e o cenário mais positivo para o produto brasileiro no Ex- terior ainda é difícil ser competitivo, na opinião do presidente da Anfavea. Além dos sempre lembrados fatores como di- ficuldades logísticas e tributos elevados existem regras específicas que nem sem - pre são cumpridas como, por exemplo, a devolução dos créditos tributários. “Só em São Paulo são mais de R$ 5,3 bilhões em créditos acumulados de ICMS cobrados na exportação, que deveria ser isenta. É um dinheiro que some, que não temprevisão de quando retorna e, quando volta, é sem juros. Emprestamos dinheiro a custo zero.” Além de recuperar esses créditos a indústria pede, desde 2019, o retorno do Reintegra. Este é um programa do go- verno, oficialmente Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para Empresas Exportadoras, que em tese de- volve às empresas que exportam parte dos tributos pagos em produtos que são destinados a outros países. Em 2018, no governo Michel Temer, essa devolução caiu de 2% para 0,1%. O ideal, segundo executivos do setor, é que a alíquota fosse de 10%. Mas, diante do cenário atual fiscal do Brasil, dificilmente haverá mudanças no curto prazo. COMPETIÇÃO Executivos defendemque para ampliar a exportação o Brasil deveria, alémde cor- rigir a estrutura tributária, que joga contra, contar com uma política industrial que permitisse, aqui, a produção de veículos globais, commaior potencial exportador. O que acontece, por exemplo, na Argentina: no ano passado mais de 60% dos veículos produzidos no país vizinho foram enviados a outros mercados. O governo argentino quer mais: fechou em janeiro um acordo com a Adefa que Exportações brasileiras de autoveículos Em unidades 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Fonte: Anfavea 553 326 443 085 565 111 334 219 417 332 516 568 766 061 628 996 428 208 324 330
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