375-2021-03

20 Março 2021 | AutoData MERCADO » LANÇAMENTO vas inclui até um helicóptero, que recebe peças vindas por frete aéreo direto na pista do aeroporto e segue rapidamente para Resende. A solução, ainda que extrema e custosa, foi adotada para que as linhas de produção do Kicks e do V-Drive não fossem interrompidas. O desafio é diário, segundo o presidente Marco Silva: “Temos conseguido manter a produção a todo va- por, em um turno. Mas o problema existe e afeta a toda a indústria”. O caso mais crítico é o de semicon- dutores, componente eletrônico que já interrompeu linhas de Honda e de General Motors. Silva acrescenta à lista dificuldades dos próprios fornecedores para conseguir matéria-prima, como aço – o que influen - cia, assim, até as entregas de parafusos e porcas. “Aprópria operação logística está preju- dicada”, confirma o presidente. “Há menos voos e rotas de navios operando, o que limita o transporte, especialmente de pe- ças importadas. As soluções adotadas para contornar esse quadro acabam gerando impacto direto nos custos.” Ele garante, de qualquer forma, que não há perspectiva de paradas em Re- sende. E nem pode: em que pesem as inúmeras variantes capazes de afetar negativamente o mercado brasileiro de veículos no curto prazo a Nissan mantém, ainda, visão otimista a respeito do desem- penho para 2021. Segue a estimativa de crescimento demais de 20% ante o volume dos doze meses anteriores, medido pelo seu ano fiscal, ou seja, resultado apurado de abril a março. “No ano fiscal corrente o mercado brasileiro somará algo em torno de 1,9 milhão de unidades. Para 2021 esperamos 2,4milhões a 2,5milhões de unidades, com potencial até para um pouco mais além.” Silva confessou, entretanto, que ainda há nebulosidade no horizonte e citou três motivos: o agravamento da pandemia e a consequente adoção de novas medidas de restrição em diversos estados, a falta de disponibilidade de peças em toda a cadeia e a reação do mercado a todas essas variáveis.

RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=