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50 Abril 2021 | AutoData EVENTO » SEMINÁRIO AUTODATA cendo tecnologia baseada neste produto. O presidente da Volkswagen conside- rou que ainda há tempo para entrar neste jogo: “O elétrico ainda não teve seu boom no mundo, será daqui a mais de cinco anos. Então estamos no prazo”. PESADOS Outro participante do evento, Roberto Cortes, presidente da Volkswagen Cami- nhões e Ônibus, alertou quemesmo diante de um cenário menos extremado para os caminhões “o retorno não é o esperado com base nos investimentos que foram feitos. Também não é o que os acionistas esperam e não garantem investimentos futuros”. Mas complementou afirmando que “resolvendo a questão da covid-19 re - cuperaremos as vendas que não foram feitas desde o Euro 3 até o Euro 5. Falo isso porque o mercado atual está longe do potencial que possui. Há clientes que planejavam renovar sua frota após dois ou três anos de uso e estão com caminhões rodando por cerca de sete anos”. O novo presidente e CEO da Mercedes- -Benz no Brasil, Karl Deppen, também participou do Seminário AutoData Mega- tendências 2021. Em sua apresentação afirmou que “o uso de caminhões com novas fontes de energia deverá ocorrer no Brasil. No entanto isso só acontecerá em larga escala quando forem viáveis do ponto de vista tecnológico e rentáveis para o cliente, que investe para todo o ciclo de vida do produto”. Até lá, continuou Deppen, a solução deverá ser tornar os motores diesel mais eficientes. Ele descartou a aplicação de modelos a gás, como adotados pelas concorrentes: “Para se obter uma redu- ção significativa de CO2 o gás precisa ser biogás, gerado a partir de fontes renová- veis. O gás de origem fóssil reduz de 12% a 15% em uma aplicação de transporte, com desvantagens para os clientes, como o maior custo do produto”. E recordou que, na chegada do Euro 6, o conteúdo de bio- diesel no diesel será elevado para 15%, restringindo ainda mais o benefício do gás. AUTOPEÇAS Dan Ioschpe, presidente do Sindipeças, também palestrou no evento promovido pela AutoData Editora. E sustentou que, mesmo a passos lentos, ou mais vagaro- sos do que o desejo da indústria, reduzir o custo Brasil é mandatório: “A redução será paulatina. A começar não aumentando mais esse custo Brasil, ao mesmo tempo em que o eliminemos aos poucos. A com - plexidade tributária é elevada no Brasil e talvez nemexista uma solução única: quem

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