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31 AutoData | Maio 2021 encomenda do governo federal pudesse ser atendida. Só a Mercedes-Benz colocou cinquenta trabalhadores à disposição, in - cluindo um gerente líder de projeto, além de suas instalações e recursos. De maio a julho de 2020 foram produ - zidos, graças a essa união de esforços das empresas, 3 mil 468 respiradores. ABosch montou subconjuntos em sua fábrica para fornecer a uma produtora de respiradores. A Stellantis ainda ajudou a Magnamed, outra fornecedora do item, a incrementar sua produção, em ação que envolveu também Positivo Tecnologia, Suzano, Klabin, Flex, Embraer eWhiteMar- tins. Diversas fabricantes consertaram, em suas fábricas, respiradores e ventiladores pulmonares que estavam danificados e sem serventia no início da pandemia e que ajudaram a salvar muitas vidas a partir de iniciativa liderada pelo Senai. As impressoras 3D de diversas em - presas trabalharam também em prol dos cuidados à pandemia: máscaras protetoras de rosto impressas nos equipamentos fo- ram distribuídas a hospitais para ajudar a formar os EPIs de profissionais da saúde. Carros de frotas foram também empres- tados para colaborar com o transporte destes profissionais. CADÊ A VACINA? Não é de se espantar, portanto, que as empresas, por meio da Anfavea, se colo - cassem à disposição para colaborar com a vacinação contra a covid-19. O presidente Luiz Carlos Moraes diz que observa com interesse o movimento de integração da iniciativa privada ao PNI, Programa Na- cional de Imunização. E admitiu que as companhias do setor automotivo podem, sim, comprar doses, se assim for permitido pela legislação. No começo de abril parecia mais avan- çado o movimento, que freou no decorrer do mês. O Congresso aprovara projeto de lei que permitia a compra de vacinas por meio da iniciativa privada, e alguns em- presários chegaram a anunciar que iriam aos laboratórios atrás de doses. Mas es- barraram nomesmo problema enfrentado pelos governos: não há vacinas disponí- veis. E Moraes disse que “os laboratórios estão com a produção comprometida e só estão entregando as doses negociadas previamente”. Isso tudo ocorria enquanto fábricas se preparavam para retomar a produção após um segundo movimento de parada nas linhas, para tentar frear o repique que se mostrou ainda mais agudo do que a primeira fase da pandemia. As mortes su - biram a patamar além de 3 mil por dia e o Brasil superou as 400 mil vítimas fatais da covid-19 poucos dias após, mais uma vez, tentar conter a disseminação do vírus por meio de fechamento de comércio e restrições à mobilidade. E nesta chamada segunda onda – ou agravamento da primeira, uma vez que os índices nunca chegaram a baixar comple- tamente – as empresas fabricantes mais Divulgação/VW
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