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71 zos para adoção das novas fases do programa de controle de emissões para veículos leves (Proconve L7, prevista para 2022) e pesa­ dos (Proconve P8 prevista para 2023). O go­ verno não acatou e manteve o cronograma original. Montadoras e sistemistas terão que implementar, rapidamente, mais tecnologia em seus produtos e a demanda por compo­ nentes importados irá aumentar. No curto prazo será preciso recorrer às im­ portações. Para agilizar esses processos, e fugir de armadilhas fiscais e alfandegárias, as mon­ tadoras e os sistemistas terão que buscar as melhores práticas de “trade compliance”. “Te­ mos expertise nesses processos tributários e aduaneiros e estamos capacitados para apoiar toda cadeia automotiva nas importações tan­ to de ferramentais como itens de alta tecno­ logia para produzirmos no País a nova gera­ ção de veículos mais eficientes, inteligentes e sustentáveis”, afirma Gonzalez. Estudos indicam que enquanto a eletro­ mobilidade será o foco da indústria automo­ tiva instalada em países do Primeiro Mundo, nesta década, o Brasil se tornará grande polo produtor de veículos sustentáveis utilizando combustíveis renováveis (etanol, biodiesel e célula de hidrogênio) e valendose também da tecnologia híbrida. Por isso, a médio e longo prazo, o caminho será a nacionalização de componentes. Câmbio alto e a própria pandemia forçam as montado­ ras a buscarem alternativas viáveis emmerca­ dos onde atua. A ideia é depender cada vez menos de conteúdos importados. “A cadeia automotiva vai passar por umpe­ ríodo de grande expansão no País e tudo indica que o Brasil tende se tornar um importante polo exportador de veículos movidos a com­ bustíveis verdes, os quais poderão ser uma opção de mercado, frente aos veículos 100% elétricos.Nessesentido, édesuma importância que as empresas envolvidas neste processo estejam atentas e preparadas para a correta aplicação dos atuais Regimes Especiais e In­ centivos Fiscais, pois tal procedimento pode ajudar a tornar tais produtos mais competi­ tivos”, diz Alexandre Furman, sócio de área de Consultoria Tributária da Deloitte. A aliança firmada entre Deloitte e Becomex tem como principal objetivo oferecer a todas as indústrias envolvidas na cadeia automoti­ va montadoras e fornecedores meios eficazes para se obter o melhor aproveitamento dos Regimes Especiais atualmente disponíveis no País. “O capital gerado com a estratégia tribu­ tária colaborativa que desenvolvemos pode servir como alavanca de caixa da ordem de 6% a 18% do que o setor anualmente investe em P&D, especialmente, na localização de com­ ponentes e assim viabilizamos a produção de veículos ambientalmente mais avançados no País”, conclui Marcos Gonzalez, da Becomex. Por AutoData Empresarial Alexandre Furman, sócio de área de Consultoria Tributária da Deloitte

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