378-2021-06

10 FROM THE TOP » ADRIANO RISHI, CUMMINS Junho 2021 | AutoData não só falar, mas agir nessa direção. E também buscar formas de causar im - pacto positivo na comunidade. Como o senhor vê estrategicamente o futuro da empresa como fabricante independente de motores diesel? Há uma diminuição da importância do setor automotivo tradicional ante os de gera- ção de energia, naval e equipamentos agrícolas? Somos os maiores produtores inde - pendentes de motores diesel, e já há bastante tempo temos diversificado as áreas de atuação da empresa. A tecnologia não entra no mercado por si só, ela depende de infraestrutura, desde postos de carregamento, falan- do de veículos elétricos, até produção de hidrogênio, falando em células de combustível, e da própria operação dos veículos em si. Do ponto de vista de ne - gócios entendo que a transição da tec - nologia precisa ocorrer de maneira que faça sentido para o usuário final. Hoje economicamente as novas tecnologias não fazem sentido, mas um dia farão. O que a Cummins fez foi adquirir uma série de companhias de fora de sua área de atuação, inclusive nessas áreas de infraestrutura e hidrogênio, desde sua fabricação até a conversão da energia. Temos que entender as transformações que estas tecnologias trazem, desde sua oferta até o uso. ACummins tenta há alguns anos ocupar a capacidade da fábrica de Guarulhos. projetos. Temos uma equipe muito ca- pacitada em todas as áreas, incluindo finanças. Creio que minha escolha foi mais pela competência de liderança e pela união da capacidade de criação estratégica com o gerenciamento de execução do que é importante para a companhia hoje. Estamos sim em um período de transformação de fontes de energia, e o foco é em como geren- ciamos essas transições, que é uma questão crítica. Mas não podemos de - sassociar as duas coisas. Não dá para fi - car só com a visão estratégica do futuro sem olhar o que garante o dia de hoje. Qual foi a principal missão que o senhor recebeu? Alavancar o crescimento, sem dúvida, com a consolidação de oportunidades de negócios que temos à frente. Além disso avançar na eficiência das opera - ções no Brasil e na gestão de pessoas, no ambiente de trabalho, de desenvol - vimento pessoal e profissional. Isso é algo muito importante para a liderança, “ Creio que minha escolha foi pela competência de liderança e pela união da capacidade de criação estratégica com o gerenciamento de execução do que é importante para a companhia hoje.” “ A transição da tecnologia precisa ocorrer de maneira que faça sentido para o usuário final. Hoje, economicamente, não faz. Mas um dia fará.”

RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=