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14 FROM THE TOP » ADRIANO RISHI, CUMMINS Junho 2021 | AutoData ao longo do tempo, ficou muito mais complexo, então precisamos entender se continua a fazer sentido ou se há efeitos colaterais mais danosos. E com relação à eletrificação dos veí - culos de transporte? Realmente para ônibus e transporte urbano é mais ade - quado, em detrimento do transporte pesado, de longa distância? Não temos essa resposta pronta, mas parece atualmente mais claro que, pelo peso das baterias, o uso faz mais sentido onde o volume de carga trans- portado não faz tanta diferença. Para o transporte pesado, de longas distâncias, acreditamos mais no hidrogênio, nas células de combustível. Mas trabalha - mos nas duas frentes, as coisas vão evoluindo e vamos aprendendo com elas. Não há como dizer agora que uma tecnologia impedirá ou será preponde- rante sobre outra. No Brasil, especificamente, essa rea - lidade também se coloca ou podem ocorrer desenvolvimentos mais locais e próprios em velocidade diferente de outros mercados? Dependerá de uma série de fatores. A tecnologia que já está sendo adotada em alguns nichos ainda não faz sentido do lado econômico, mas sim do pro- pósito da marca, de sustentabilidade etc. Quando será, a velocidade com que isso ocorrerá, não sei. Acredito que ninguém saiba. Temos que continuar investindo para aprender e amadure- cer tão rápido, ou antes, que o próprio mercado. Com relação ao desenvolvimento de cé - lulas de combustível a hidrogênio que o senhor citou, há estudos da Cummins sobre o uso do etanol nesse sistema? Sim. Estamos trabalhando nestes es - tudos, principalmente considerando que existam fases transitórias, hibridi - zação etc. Dentro disso eventualmente teremos simplificações da arquitetura dos motores, especialmente no pós - -tratamento. O desenvolvimento dessa tecnologia poderia ser exclusividade de uma única empresa do segmento, como a própria Cummins? É uma corrida. Acredito que ainda have- rá vários fornecedores e competidores, não creio em uma integração única. Não vejo um monopólio, um domínio maciço, alguém que surja com algo muito diferente, que não tenham ou não tenhamos vislumbrado. Qual é a atual participação da Cummins na região dentro da organização? A América Latina responde por 5% da receita global. Além de respondermos pelo atendimento aos mercados locais exportamos bastante, especialmente componentes como blocos e cabe - “ Parece atualmente mais claro que, pelo peso das baterias, o uso da eletrificação no transporte faz mais sentido onde o volume de carga não faça tanta diferença.”
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