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36 Maio 2021 | AutoData MACROECONOMIA » CÂMBIO T udo é relativo e depende do ponto de vista, teria dito o cientista Albert Einstein no início do século passado para ilustrar a sua teoria mais famo- sa, a da relatividade. A frase mais célebre da física também se encaixaria nos dias atuais para ilustrar os reflexos do câmbio no funcionamento do setor automotivo e apresentar certa dicotomia: o dólar valo- rizado serve aos interesses de alguns e nem tanto aos de outros. A respeito do primeiro aspecto a moe- da estrangeira forte favorece aqueles que amanejamem suas operações, no caso as empresas exportadoras. No ano passado, Por Bruno de Oliveira Os dois lados da moeda Dólar valorizado reduz perdas das montadoras e estimula corrida por nacionalização de componentes, mas encarece o preço final dos veículos por causa da pandemia, os volumes em- barcados caíram 24% na comparação com aqueles registrados em 2019. Exportou-se menos no cenário adverso com países de portas fechadas em alguns momentos, mas não fosse o dólar valorizado as perdas teriam sido maiores. “As exportações ocorridas no ano passado ajudaram a cobrir o custo fixo das montadoras”, diz Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, indicando o papel paliativo que a moeda valorizada ante o real pode desempenhar em casos de bai- xos volumes na indústria global. No ano passado exportou-se menos pelo terceiro

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