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38 Maio 2021 | AutoData MACROECONOMIA » CÂMBIO atualmente: seria este o cenário ideal para aumentar o índice de nacionalização dos veículos como forma de proteção ao dólar valorizado? “O dólar se manterá acima dos R$ 5 pelo menos até o fim do ano que vem”, acredita João Marcos Andrade, professor de comércio exterior da Uninter. “Diante disso há grande possibilidades de a in- dústria articular a produção nacional de itens que geralmente traz do Exterior, o que não será fácil.” MOVIMENTAÇÕES SENTIDAS Ele indica como entraves o poder de investimento das montadoras e, também, a fragilidade da cadeia de fornecedores: “Os ciclos de investimentos anunciados não contemplavam algo intangível, como foi a pandemia e seus desdobramentos na operação. Nacionalizar significa investir também em ferramental, no desenvol- vimento de fornecedores e, em última instância, no suporte financeiro a parte da cadeia”. Nesse sentido as empresas fabricantes de autopeças já observammovimentação nas montadoras e sistemistas além da usual por opções de fornecimento interno de componentes que, por ora, são im- portados. De acordo com Dan Ioschpe, presidente do Sindipeças, “todos os elos da cadeia nacional estão trabalhando de forma mais intensa na busca por alter- nativas de fornecimento, no sentido de se criar planos A, B e C”. O setor projeta crescimento de 13% no faturamento este ano na comparação com resultado de 2020, mas por meio do mercado de re- posição, aquecido, e da retomada das demandas OEM. “Apesar disso é preciso exportar mais, aproveitar o câmbio, é pra isso são neces - sárias medidas como acordos bilaterais.” Eaton e ZF, dois dos principais for- necedores de sistemas de transmissão com produção nacional, apontam a na- cionalização como tendência. De acordo com Antônio Carlos Galvão, presidente da Eaton, que destina boa parte de sua produção local para atender às demandas intracompany no Exterior, “as montadoras

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