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66 Junho 2021 | AutoData SÉRIE ESPECIAL » MONTADORAS CAPÍTULO 5 Airton Cousseau Mauro Correia Rafael Chang Divulgação/Nissan Divulgação/Caoa Divulgação/Toyota O futuro ainda é nebuloso neste 2021, tanto emvendas como na produção au- tomotiva. Há entidades e empresas que apostam emmercado interno em torno de 2,4milhões de unidades. Consideran- do o ritmo devacinação da população e a expectativa de crescimento domercado com a retomada das atividades, como o senhor imagina este ano em termos de produção e vendas no Brasil? E em particular nos próximos trêsmeses, qual será o ritmo? Airton Cousseau – A situação do setor no País nos próximos três meses ainda deve ser muito instável em função da falta de clareza com relação à evolução da pandemia e pela instabilidade de for- necimento de algumas peças e do ritmo da cadeia logística. Mesmo assimé certo que 2021 fecha melhor do que 2020 e deve ter uma melhoria mais forte nos últimos meses. Com isso acreditamos que o mercado interno deve fechar re- almente com números próximos de 2,4 milhões de unidades comercializadas. Para a Nissan esperamos também uma evolução em relação ao ano anterior. Mauro Correia – Acredito que, sim, fe- charemos o ano comvolume de 2,3 mi- lhões a 2,4milhões de unidades. Entendo que o que pode nos causar impacto não é tanto a vacinação da população, por- que aprendemos como conviver com este momento delicado da economia e com esse momento de isolamento so- cial, e fomos encontrando outras formas de contatar nossos clientes e fazermos vendas. O que pode vir a prejudicar um pouco a produção é a falta de compo- nentes, principalmente de semicondu- tores. Agora se ouve falar também em falta de resinas, demateriais de borracha, pneus etc. Então isso pode, sim, afetar o balanço final. Acredito que isso é o que nos próximos três meses pode trazer um ritmo um pouco mais instável e não de tanto crescimento. A indústria, glo- balmente, está se mexendo para fazer esta recuperação da disponibilidade de componentes, como em alguns casos até a recuperação da capacidade pro- dutiva. Em semicondutores nós tivemos um problema sério com uma empresa produtora nos Estados Unidos e umcaso de incêndio na Ásia, no Japão, de uma outra empresa, então nos próximos me- ses ainda deveremos sofrer um pouco como problema de produção, mas com uma tendência de crescimento. Rafael Chang – Omercado demonstrou uma recuperação importante em 2020, fechando comuma quedamenor do que o esperado. Isso nos fez acreditar que o Brasil poderia fechar 2021 com cerca de 2,5milhões de unidades comercializadas. No entanto o avanço da pandemia este ano, com paralisações de produção e fechamento do comércio emvárias loca- lidades do País, tem tornado esse cená- rio cada vez mais desafiador. A situação ainda é volátil, o que torna difícil definir com certeza qualquer prognóstico, e por isso, na Toyota, temos planos A, B e C dependendo das variáveis econômi- cas e de como a covid-19 evoluirá nos

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