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71 AutoData | Junho 2021 Airton Cousseau – A Nissan acredita na eletrificação e entendemos que ela dá uma ampla gama de possibilidades, do modelo 100% elétrico, como o Nis- san Leaf, ao nosso sistema inovador e-Power, um sucesso no Japão e que está começando a chegar em outros mercados, e, até mesmo, um projeto pioneiro que estamos conduzindo no Brasil e no Japão, a Célula de Combus- tível de Óxido Sólido, SOFC, que funcio- na por meio de energia elétrica gerada a partir da utilização do bioetanol. Esta gama permite que países, regiões ou mesmo tipos de clientes escolhamou se adaptem da melhor maneira possível às suas necessidades. Em julho de 2019 foi o lançamento no Nissan Leaf no País, e trata-se do ícone mundial do segmento de carros 100% elétricos. Aprendemos nesse período e estamos vendo que o mercado está aceitando a eletrificação. Agora, estamos nos preparando para, em breve, avançar. Isso é uma clara res- posta que os elétricos vão evoluir cada vez mais rápido no Brasil. Vivemos em um País continental, então, também é natural que a eletrificação chegue com diferentes intensidades de acordo com o Estado ou região. Mas a eletrificação não é o futuro, já é o presente. MauroCorreia – Aeletrificação já chegou ao Brasil e nós temos plenas condições de acompanhar o ritmo de países do primeiro mundo. O Brasil vai passar pelo momento do veículo híbrido de maneira muito forte e acredito que aqui temos uma vantagem competitiva, a utilização do etanol como combustível: tem uma das menores emissões, além de ser re- novável – o que émuito importante para o País. Será umgrande diferencial quan- do unido à tecnologia híbrida. Acredito que o Brasil, alémde tudo, também tem condições de produzir de componentes para veículos eletrificados, como bate - rias, motores elétricos e outros compo- nentes, acompanhando, sim, o ritmo dos países de primeiromundo em termos de tecnologia. Talvez por sermos um País continental, com o tamanho da Europa, e por uma infraestrutura umpouco mais acanhada, levaremos mais tempo para chegarmos em um puro elétrico e ter- mos toda uma rede de abastecimento, mas entendo que temos que olhar para nossa política energética e entender se realmente, para o Brasil, tendo um com- bustível renovável, a eletrificação é um melhor caminho. Tenho a certeza de que a eletrificação veio para ficar na indústria automotiva brasileira, mas quem dará o caminho, se o híbrido ou o 100% elétrico, é o consumidor e o custo destas tecnolo- gias, alémda oferta de infraestrutura para tudo isso e para podermos ofertar aquilo que melhor atende as necessidades e expectativas de nossos consumidores. Rafael Chang – A Toyota acredita que o caminho da eletrificação no Brasil co - meça pelos híbridos flex, por dois mo - tivos: 1) a infraestrutura já está pronta e não requer investimentos e, 2) o etanol é uma realidade, gera emprego e renda no País. É uma tecnologia limpa e re- novável e é o combustível que menos emite CO2 se olharmos todo o ciclo de vida do veículo. Esse mercado é ainda pequeno, representando apenas 1% do total em 2020, mas ele já foi de apenas 0,004% em 2012. Nos quatro primeiros meses de 2021 foram emplacadas 7 mil 290 unidades, um aumento de 29,4% se comparado ao mesmo período do ano anterior, e nos orgulhamos de liderar esse mercado com 46% de participa- ção. Pensando no futuro, a indústria e o governo brasileiro precisam planejar a transição para a eletrificação de for - ma gradual e considerando todas as tecnologias – ou seja, os híbridos, hí- bridos plug-in, elétricos puros e células de combustível. Essas tecnologias po- dem e precisam conversar com a matriz energética brasileira e a infraestrutura disponível ou em desenvolvimento. To- das essas tecnologias são necessárias para realizar a neutralização de carbono e a Toyota acredita e investe em todas em nível mundial, pois acreditamos que
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