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14 FROM THE TOP » MONICA PANIK, SAE Agosto 2021 | AutoData “ Ninguém na Europa está falando sobre o etanol, e quem tem que falar sobre o etanol é o Brasil, o setor, mostrar a solução, que ele pode ser usado para gerar hidrogênio.” de um lado gera vapor d’água que sai pelo escapamento e de outro energia elétrica para mover o veículo. A fonte do hidrogênio pode estar no próprio veículo e no caso do etanol haveria um reformador para isso, e há emissão de CO2 neste processo, que precisa ser filtrado. Embarcar o sistema requer um grande desenvolvimento, ele precisa ser compacto, e ele precisa conversar com os outros sistemas e componentes do veículo. Outra hipótese seria ter o re- formador no posto e já abastecer direto com hidrogênio. Existem dois caminhos e é preciso um estudo de viabilidade técnica. O desenvolvimento da van da Nissan, por exemplo, é do tipo embar- cado, mas pelo tipo de célula adotado, que é pequena, ele demora meia hora para ligar. Pode ser que com o tempo se alcance uma maturidade tecnológica que elimine essa limitação. No caso de geração do hidrogênio pelo gás natural há enxofre, que precisa ser purifica - do para não destruir a célula. Mas isso não é algo desanimador, é apenas uma questão de desenvolvimento e testes. É preciso de alguém que queira fazê-lo. Não há mais dúvidas com relação à se- gurança no posto quanto à estocagem do hidrogênio? Havia isso antigamente, agora já existe conhecimento suficiente de como deve ser a estrutura para recebê-lo. Na Ale- manha já há bombas de combustível em postos comuns, junto com outros combustíveis. Amesma coisa vale para o hidrogênio a bordo de um veículo, é algo que já foi testado e certificado, não é mais problema, a segurança não é mais uma barreira. A única limitação, em realidade, é o investimento. Mas se o Brasil ignorar a rota da eletrificação, seja ela a partir do etanol, hidrogênio, seja o que for, a indústria brasileira vai morrer. Será substituída pelos importa- dos. Todas as rotas são válidas desde que se aceite que o caminho é esse, da descarbonização, da tendência pela eletrificação. Caberá definir mercado - “ Deveremos ter os primeiros caminhões movidos a célula de combustível em 2025. Já existem até alguns caminhões rodando, mas são de frotas pequenas.” Divulgação/Toyota Divulgação/Hyundai

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