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16 FROM THE TOP » MONICA PANIK, SAE Agosto 2021 | AutoData Seria possível, ao menos teoricamente, criar um motor a combustão interna com índice de emissão zero? Não, porque no motor a combustão interna há queima para seu funciona- mento. Já no motor a célula de com- bustível o que acontece é uma reação química, sem queima, e por isso não há emissão. Além disso ele tem outras van- tagens, como não haver peças móveis, ser mais silencioso etc. Mas o motor a combustão continuará, as empresas que produzem peças para eles têm suas áreas de eletrificação, de células a combustível. Será uma transição: não é que será desativado tudo e pronto. Um bom exemplo é o de uma companhia chinesa que só produz motores a diesel e comprou boa parte das ações de uma empresa de célula de combustível do Canadá. O CEO justificou: temos 4 mil funcionários e preciso garantir que eles não percam o emprego. Estão fazendo a transição e manterão os negócios atuais até quando der, e enquanto isso inves- tem em novas soluções para fornecê- -las aos poucos até que se tornem a maior parte do faturamento. “ Uma companhia chinesa que só produz motores a diesel comprou boa parte de uma empresa de célula de combustível do Canadá. O CEO justificou: temos 4 mil funcionários e preciso garantir que eles não percam o emprego.” Há algumas propostas em estudo para utilizar o hidrogênio emmotores a com- bustão. Isso pode funcionar? Isso já foi testado nos últimos vinte anos e mais do que renegado. Não há efici - ência desejada e ainda gera emissão. Não adianta, mas mesmo assim esse ponto às vezes vai e volta. Ocorre que algumas pessoas já entenderam que o mundo produzirá hidrogênio verde em grande escala e algumas cabeças, em vez de buscar novas tecnologias, querem apenas manter o que já existe. Divulgação/Toyota

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