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29 AutoData | Agosto 2021 universo Mini e de seus clientes, porém, o cálculo faz bemmais sentido. Seria então espécie de fogo amigo no portfólio Coo- per, ainda que os modelos elétricos não produzam queima? De certa forma sim. Ocorre que a Mini, marca do Grupo BMW, anunciou emmarço que seu último carro a combustão será lançado em 2025 e que, até 2030, seu portfólio será 100% elétrico. Por aqui os eletrificados já represen - tam em torno de 60% das vendas da linha Countryman, em versão híbrida plug-in. Rodrigo Novello, diretor de vendas e ma- rketing da Mini, evitou dar números e fazer prognósticos com relação à linha Coo- per, mas não esconde sua aposta alta no elétrico: “Nossa meta inicial foi alcançada na metade do tempo previsto e por isso já pedimos mais um lote à fábrica, em Oxford, na Inglaterra. Queremos atender toda a demanda local”. O Mini Cooper SE é movido por um motor elétrico de 135 kW que gera 184 cv de potência. Seus doze módulos de bateria garantem autonomia de 234 qui- lômetros, segundo a empresa, no modo de condução convencional. Em um test- -drive pela Capital paulista por cerca de três horas e muito anda-e-para o nível da bateria caiu do 100% para 84% após 45 quilômetros. O tráfego congestionado ajuda a autonomia, pois existe o sistema de regeneração acionado assim que se tira o pé do acelerador. Ah! A versão Exclusive é a de entrada. A intermediária Top custa ainda mais, R$ 265 mil, e a Collection, topo de gama, R$ 270 mil. Até 30 de setembro compradores ganham o Mini Wallbox, mas o carro pode ser recarregado em uma tomada comum de 220 v. IRMÃO DE CONSIDERAÇÃO Coisa de dias depois o Mini SE ganhou a companhia do Fiat 500e, primeiro passo da Stellantis em eletrificação no mercado brasileiro. De início estará disponível em apenas dez concessionárias de nove cida- des, com projeção de 120 deles vendidos até o fim do ano. Coincidência das coincidências coin- Divulgação/Stellantis cidentes, custa no Brasil exatamente os mesmos R$ 240 mil do Mini SE Exclusi- ve. Versão única Icon, a topo de linha do mercado europeu, é dotada de tecnolo- gias de direção assistida, conectividade e entretenimento. Assim como no Mini os primeiros compradores ganham um carregador rápido para ser instalado em sua residência. E, também assim como o Mini, é importado da Europa. Ao visual clássico do 500 – não mais ofertado por aqui a combustão já há bom tempo, o que elimina possibilidade de com- paração de preços – foram acrescentados itens que dão ar mais futurista à versão elétrica, como luzes led na dianteira e logo exclusivo, que substitui o tradicional da Fiat. O 500e é montado sobre a plataforma inédita mini-BEV. Segundo a Fiat aprovei- tou-se apenas 4% da geração anterior e, assim, quase tudo é novo. As baterias que movimentam o motor elétrico de 82kW, equivalente a 118 cv, têm autonomia de 320 quilômetros segundo a empresa e são recarregadas em 4 horas no wallbox, que também pode ser comprado sepa- radamente. Assim como no caso do Mini, Zola ga- rante ter condições de atender demanda maior se for o caso. Em suas contas trata- -se de faixa de mercado que saltará dos 0,5% atuais para algo em torno de 11% em 2030, a coisa de 400 mil unidades/ano.
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