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30 Agosto 2021 | AutoData COMBUSTÍVEIS » ETANOL N o início de julho decisão daVolkswa- gen em fazer do Brasil seu centro mundial de pesquisa e desenvol- vimento de tecnologias para eta- nol – sim, esse mesmo líquido que, aqui, chamamos, a vida inteira, de álcool, álcool carburante – e outros biocombustíveis acendeu o sinal, mais uma vez, de que passa por aí o caminho para a sobrevivên- cia e a relevância da cadeia automotiva local na cruzada para eliminar as emissões. A VW e outros grandes grupos auto- motivos começam a desenhar estratégias complementares para atender a umpeda- ço da demanda mundial que não acom- panhará a transição para a eletrificação na mesma velocidade que grande parte da Europa, China e Estados Unidos. Até 2030 um total estimado em mais de 7 milhões de veículos novos vendidos ao ano em países emergentes requererá motores a combustão mais eficientes. Por isso algumas iniciativas, como a produção pela Stellantis em Betim, MG, do motor GSE Turbo flex para exportação, da Toyota com seu híbrido flex, da VW concentrando o P&D para biocombustíveis no País e os esforços de outras fabrican- tes nessa mesma direção podem ocupar esse espaço no mercado global e trazer a relevância que a indústria nacional precisa desesperadamente nas próximas décadas. Assim como outros presidentes de montadoras comoperação no Brasil Pablo Di Si, da VW, articulou junto a seus supe- riores para colocar o País nas estratégias globais da matriz e, assim, garantir e justi- ficar futuros investimentos nas operações da América do Sul. Por Leandro Alves CACHAÇA DE JABUTICABA Etanol surge, novamente, como uma boa alternativa para o futuro: Volkswagen do Brasil aposta maioria de suas fichas no biocombustível. “O que podemos fazer é atender o resto do mundo que não será elétrico com motores a etanol, seja o tradicional a combustão ou híbrido. Já está claro: a Volkswagen na Europa e em outros grandes mercados não fará mais esses veículos a partir de 2035.” “Imagine um grupo de executivos do board que tem € 73 bilhões encaminha- dos para investimentos em eletrificação e digitalização ouvir que o etanol pode ser um caminho interessante nessa transição”, ponderou o executivo argentino, de quem partiu a iniciativa de propor o P&D global para esse combustível no Brasil durante reunião do Conselho de Administração da Volkswagen. Ele acredita que teve sorte durante o encontro com o board na Alemanha, quando apresentou a proposta: “Dou mais crédito para o Conselho da Volkswagen, que achou boa a ideia, do que para mim Divulgação/VW

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