380-2021-08

31 AutoData | Agosto 2021 soluções – tanto para gerar bioenergia quanto para a próxima geração de veículos a combustão. Motores flex brasileiros já possuem muita quilometragem na estrada, com melhorias e evolução impressionantes ao longo dessa jornada até os atuais turbo de baixa cilindrada e alto desempenho e dos híbridos flex. E a engenharia nacional tem demonstrado a eficiência dessa tecnologia para reduzir drasticamente as emissões, vilão a ser vencido daqui em diante. Considerando todas as etapas de pro- dução e descarte as estimativas são de que um veículo rodando somente com etanol durante um ciclo de vida de 200 mil quilômetros emitirá 93 gCO2e/km. Isso é menos do que um veículo elétri- co, segundo os cálculos fornecidos pela Volkswagen, que seria de 95gCO2e/km. O cálculo para a emissão do ciclo de vida de um veículo híbrido flex ainda é mais favorável: 86 gCo2e/km. Emissão de CO2: veículos em seu ciclo de vida. * Em gCO2e/km. Ciclo de vida de 200 mil quilômetros Fonte: VW Combustão gasolina E0 Combustão gasolina E22 Etanol Elétrico (2018) Elétrico (2020) Híbrido gasolina Híbrido etanol 199 180 93 133 95 173 86 [risos]. Foi a primeira vez na minha carreira emque consegui aprovar uma ideia dessa magnitude”. A orientação da VWpara que as solu- ções de baixa emissão com biocombustí - veis sejam “regionais e complementares à estratégia global de eletrificação”, segundo texto oficial, deixam para Di Si, em teoria, a oportunidade de “atender ao resto do mundo que não será elétrico nos primeiros anos dessa transição”. Esta é a oportunidade que está colo- cada na mesa para todos da cadeia au- tomotiva e de bioenergia do Brasil. E que não deveria, mais uma vez, ser desprezada. Para isso acontecer os grandes mer- cados emergentes precisam resolver um dilema muito parecido com o enfrentado pela eletrificação: como será a oferta de energia para os elétricos e quem chega primeiro, os carros ou os carregadores? No entanto a experiência do Brasil com o etanol oferece ao mesmo tempo muitas