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32 Agosto 2021 | AutoData COMBUSTÍVEIS » ETANOL O etanol hoje pelo mundo Mistura atual | Consumo anual em bilhões de litros | Objetivo Fonte: Anfavea/Coopersucar 4,9 19,8 56,3 5 2,2 E10 E10 E15 E10 E10 E5 E3 E10 E3 E1,4 Canadá China Estados Unidos Índia Japão No caso da baixa adesão do biocom - bustível fora do Brasil a pressão para redu- zir as emissões na matriz energética está forçando alguns países a buscar algumas alternativas. E uma delas é a mistura do etanol na gasolina, o que certamente im- pulsionará toda essa cadeia. A Índia e a China, por exemplo, querem aumentar de 3%, o E3, para 10%, o E10, a utilização do etanol na composição da gasolina, deman- dando produção interna ou importação de bilhões de litros, segundo a Coopersucar. Tudo isso acontecerá porque diminuir drasticamente ou acabar com as emissões será uma obsessão a partir de agora. E as tecnologias que ainda podem surgir a partir do uso do etanol colocam o Brasil em uma teórica vanguarda para o que virá após os elétricos puros. Seguindo a rota tecnológica capaz de utilizar o etanol nas células de combustível (veja From the Top, página 10), a indústria nacional pode sonhar com esse salto. Não à toa a Nissan estuda com afinco e já de - monstrou um protótipo com um reforma- dor de etanol para alimentar uma célula de combustível a hidrogênio. O P&D da Volkswagen pretende perseguir o mesmo objetivo, mesmo ainda não determinando prazos e sem ainda ter um programa de investimentos definido para este trabalho, que será de longo prazo. “Não estou muito confortável, porque será difícil realizar o que estamos plane- jando”, contou Di Si. “Mas tenho confiança por dois pilares: a tecnologia flex dos mo - tores a combustão, que podemos levar já para outros países, e o conhecimento para o desenvolvimento de tecnologia híbrida flex.” Ele pretende gerar receita nos próximos anos não apenas exportando produtos mas também vendendo royalties dessas tecnologias, assim como fez com o siste- ma de infotainment VW Play. Para atingir um terceiro objetivo, a pro- dução nacional de conhecimento e pro- dutos com o sistema de células de com- bustível a etanol, será preciso encaminhar uma agenda de longo prazo. Prazos? Di Si só insinua que não deixará a liderança da operação na região antes de concluir o que ele mesmo sugeriu a seus superiores: “É possível o Brasil encontrar uma rota para, a partir do etanol, desenvolver uma tecnologia a célula de combustível. Não será fácil, mas certamente é possível. Em quanto tempo não sei, mas tentaremos. O que temos aqui, na indústria brasileira, não é uma jabuticaba”.
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