380-2021-08

34 Agosto 2021 | AutoData CENÁRIOS » MOTORES A eletrificação automotiva é ummovi - mento sem precedentes na história da indústria: jamais ela se viu obri - gada a mudar de forma tão radical seu modelo de negócios, baseado nos motores a combustão interna. E o ineditis - mo destemomento único reserva algumas oportunidades para a indústria nacional. Nos últimos cinco anos, desde que o Acordo de Paris estabeleceu metas ambiciosas para a descarbonização do planeta, surgiram muitas dúvidas quanto ao futuro das operações em mercados emergentes. A incapacidade técnica, finan - ceira e da economia local desses países para acompanhar na mesma velocidade a eletrificação, pelo menos nas próximas duas décadas, faz com que matrizes deem maior atenção para alternativas que gerammenores índices de emissões: gás natural, biocombustíveis, sistemas Por Leandro Alves ASSIM DIZEM OS LÍDERES Não há dúvidas quanto ao fim da era das emissões de carbono, mas até 2050 nem todos os cantos do planeta verão elétricos dominando a paisagem Divulgação/Stellantis Divulgação/Honda “Precisamos de mobilidade segura, limpa, e que o consumidor possa comprar. Do contrário apenas os ricos terão acesso a essa necessidade básica de todo o planeta. Barrar motores de combustão interna é deixar parte dos consumidores de fora do mercado.” Carlos Tavares, CEO da Stellantis “Estamos trabalhando para melhorar os motores a combustão. No Brasil teremos mais dois híbridos até 2023. Temos o compromisso de neutralizar as emissões da Honda em 2040.” Atsushi Fujimoto, Chief Officer da Honda América do Sul flex para combustão interna e híbridos. Se tudo correr bem esse processo tornará viável a cadeia automotiva nacio - nal enquanto outra solução com custos mais competitivos e, portanto, acessível a todos os mercados possa conduzir, de fato, o planeta para a descarbonização da mobilidade. Algumas ações locais de - monstram que, aos poucos, as empresas vão formulando suas estratégias para os biocombustíveis e suas tecnologias já consagradas. É o que sinaliza, por exemplo, o plano de negócios da Toyota com o SUVCorolla Cross. Assim como as versões commotor tradicional a versão híbrida flex será ex - portada para 22 países da América Latina. Masahiro Inoue, CEO paraAmérica Latina e Caribe, diz que o compromisso para tornar a indústria carbono neutro deve “reduzir ou neutralizar” as emissões com tecnologias

RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=