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61 AutoData | Agosto 2021 milhão 435 mil veículos deixaram de ser fabricados em todo o mundo devido à falta de semicondutores, enquanto que no segundo trimestre foram 2,2 milhões. Na América do Sul a produção perdida este ano ficará em torno de 162 mil unida - des, sendo de 100 mil a 120 mil no Brasil. “A indústria global deverá registrar per- da de 5 milhões a 7 milhões de veículos este ano. A tendência é a de que voltemos à estabilidade no tema semicondutores só em meados de 2022. Até lá teremos dificuldades e esse é o grande desafio.” Nas exportações a melhoria está re- lacionada à recuperação de importantes mercados como Chile, Peru e México. PAINEL LEVES Ainda no primeiro dia painel sobre ve- ículos leves reuniu MarinaWillisch, vice- -presidente da General Motors, Mauro Correia, CEO da Caoa Montadora, e Paulo Cardamone, chefe de estratégia da Bright Consulting. As opiniões convergem: as vendas de automóveis e comerciais leves seguirão crescendo até o fim do ano, não muito distante do previsto e tendo na crise de fornecimento dos semicondutores o principal entrave para que a expansão não seja mais elevada. Cardamone mostrou projeções que apontam o retorno do volume pré-pan- demia no varejo automotivo no primeiro trimestre do ano que vem, com a capaci- dade produtiva alcançando níveis ideais apenas no fim da década. E a partir de 2024, afirmou, os servi - ços de carro por assinatura elevarão as vendas diretas. Willisch disse que a GM retornará à produção normal em agosto, “e é natural, então, que tenhamos crescimento no ho- rizonte”, referindo-se à fábrica de Gravataí, RS, parada desde abril. Ainda lembrou que as exportações também poderiam crescer mais: “Hoje o carro sai da linha de montagem com 14,8% de impostos embutidos. A volta do Reintegra poderia ser uma solução imediata para melhorar nossa competitividade”. Segundo ela se o Brasil conseguisse exportar 1 milhão de veículos por ano se- riam gerados 120 mil empregos e a loca- lização de peças cresceria ao menos 3%. Correia falou das perspectivas de ele- trificação e considerou inevitável uma transformação do mercado, tendo nos híbridos a biocombustível alternativa mais palpável: “Em muitos países os elétricos crescem graças a incentivos. Por aqui há redução de imposto de importação para híbridos e elétricos e isenção, ou redução, do IPVA em algumas cidades e estados”. COMERCIAIS A Iveco, por meio de seu presidente para América do Sul, Márcio Querichelli, também esteve presente no primeiro dia do evento. O executivo disse acreditar que o mercado de caminhões retorne ao nível pré-pandemia até o fim do ano, superando 2019 e suas 118 mil unidades acima de 3,5 toneladas: “Também espe- ramos que 2021 ajude a regularizar parte