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64 Agosto 2021 | AutoData EVENTO » SEMINÁRIO AUTODATA favea, apontando produção de 2 milhões 435 mil veículos. Mas complementou com expectativa já para 2022, novo avanço em 14%, a 2,7 milhões. “A previsão se dá pela falta de esto- ques e pelas dificuldades deste ano, re - tornando nível de crescimento mais ame- no em 2023 e 2024 e voltando, em 2024, para a casa de 3 milhões de unidades.” O presidente do Sindipeças também mencionou a falta de semicondutores no mercado mundial e disse acreditar em normalização do fornecimento apenas ao longo de 2022: “É muito difícil prever o que acontecerá pois cada agente da cadeia possui um planejamento diferente: alguns têm estoque e outros não”. Mas ponderou que “falta de suprimentos é algo que nós resolveremos. Inexistência de demanda seria algo muito mais grave”. TERCEIRO DIA No último dia do Seminário Revisão um dos temas foi o mercado de máquinas agrícolas e de construção, que dispõe de perspectivas bastante positivas a curto e médio prazos no Brasil, conclusão co- mum de Gílson Capato, diretor comercial da Volvo CE, e de Alexandre Bernardes, diretor de relações institucionais da CNH Industrial. Capato divulgou expectativa de ven- das de 22 mil a 23 mil máquinas no País em 2021, 30% a mais do que no ano pas- sado: a Volvo CE começou o ano apos- tando 20%. Os principais segmentos a puxar esse crescimento são agronegócio, construção civil e mineração. O executivo também adiantou suas perspectivas para o ano que vem, com incremento de 10% a 15% nas vendas: “Até 2025 esperamos que esse mercado gire em torno de 24 mil unidades, ainda que com momentos de pico e de vale por causa das oscilações econômicas”. Bernardes igualmente projetou ce- nário positivo até 2023 para as máquinas agrícolas, apesar de dificuldades para acompanhar a demanda: “O fornecimento de pneus, resinas, fundidos, bombas e aço está muito complicado. É um cená- rio muito difícil, nunca vimos nada igual. Temos máquinas que ficam aguardando pneus ou algum outro componente para serem finalizadas”. MOTORES Depois chegou a vez de Adriano Rishi, da Cummins, de José Eduardo Luzzi, da MWM, e de Marco Rangel, da FTP, abor- darem o segmento de motores diesel. Luzzi avaliou que “o cenário está exigin- do criatividade enorme, com aproxima- ção no relacionamento com a cadeia de fornecedores, visão global para aceitar repasse inflacionário e bom senso nas negociações, de forma a conseguir as matérias-primas para produzir”. Rishi e Rangel falaram de novas tecno- logias – o executivo da Cummins lembrou iniciativa de criar unidade de negócios dedicada às novas fontes de energia, com enfoque no desenvolvimento de baterias, células de combustível e hidro- gênio: “Começamos por aplicações em trens e estamos olhando a mineração. É diferente de caminhões, que requerem infraestrutura por onde passam”. “A matriz multicombustível é a nossa aposta”, revelou Rangel ao citar que a FPT possui tratores movidos a biometano na América do Sul em desenvolvimento com usinas que geram biomassa, como as de etanol. Em paralelo citou que há projetos de hibridização de motores movidos a gás e eletricidade: “Recentemente lançamos, na Europa, projeto de trator totalmente

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