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65 AutoData | Agosto 2021 carbono zero, pois produz seu biometano a partir da biomassa gerada na colheita”. MOTOS A indústria de motocicletas não ficou fora do evento. Marcos Fermanian, presi- dente da Abraciclo, apresentou projeção de 1 milhão 60 mil unidades produzidas este ano, 10,2% além de 2020. Mas existe possibilidade de revisão para cima. “É possível que seja maior caso a vaci- nação avance rapidamente em Manaus, porque ainda temos muitas limitações em nossas fábricas dadas as ações tomadas para controlar a pandemia. O cenário ain- da é um pouco turvo e por isso as proje- ções iniciais foram mantidas.” Para o varejo a expectativa é de 980 mil unidades, em alta de 7,1%, volume que poderia ser maior não fosse descompasso de demanda com oferta – consumidores ainda precisam aguardar alguns meses para receber sua moto 0 KM. ITAÚ O último dia do seminário contou ainda com Pedro Renault, economista do Itaú Unibanco. Ele disse que o surgimento da variante delta da covid-19 e o ritmo lento da vacinação em países emergen- tes como o Brasil podem representar um soluço na retomada da economia global, mas não alteram trajetória positiva de recuperação. “O pior da pandemia e da economia já ficaram para trás”, assinalou ao divulgar projeção de alta de 5,8% do PIB brasileiro em 2021. “Na segunda onda a economia caiu muito menos do que na primeira. O índice de mobilidade caiu mais porque as pessoas aprenderam a trabalhar re- motamente, a vender e a comprar online, e assim a indústria não parou tanto. Isso seria válido para uma eventual terceira onda.” O economista disse que o merca- do esperava um primeiro trimestre de 2021 negativo por causa do fim do auxí - lio emergencial e o consequente vácuo deixado sobre o consumo, mas isso não aconteceu, segundo ele, em grande me- dida porque as famílias pouparam durante a crise, principalmente as de média e alta renda, que consumirammenos serviços e ficaram com folga de renda – direcionada, por exemplo, à compra de veículos: “No segundo trimestre, quando se es- perava colapso devido à segunda onda, houve queda rápida e substituída em pouco tempo pela volta da economia aquecida. E, com o avanço da vacinação, o governo não precisa repetir o estado de calamidade”. As projeções do Itaú indicam que o ápice do IPCA será atingido agora, aos 9%, mas em 2021 o índice deve arrefecer e encerrar em 6,1%. Com o IGP-M o movimento é o mes- mo: em maio chegou a 37% e, em de- zembro, deve desacelerar para 18,5%. A Selic, hoje em 4,25%, pode finalizar o ano em 6,5%. E o real diante do dólar em R$ 4,75. Para 2022 é esperado crescimento menor do PIB, de 2%.
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