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17 AutoData | Setembro 2021 são mais de 650 milhões de habitantes. O Grupo BMW trabalha dentro de uma concepção de estar em todos os lugares com os mesmos produtos. Trabalhamos com a projeção de que muito em breve um a cada cinco modelos BMWvendi- dos no Brasil será híbrido ou elétrico, ou seja, uma participação de 20%. E no caso da Mini será ainda mais, um em dois, ou 50%. O que quero dizer é que não acredito que o Brasil será esqueci- do ou deixado para trás. Ao contrário: entendo que nos próximos doze a 36 meses o Brasil será o país que terá o maior impulso em termos de tecnolo- gia e eletrificação. Haverá uma grande surpresa sobre a dinâmica do mercado brasileiro. E a BMWserá um participante ativo deste processo. Mas isso com produção local? Os fabricantes irão onde o custo e omer- cado forem competitivos. O potencial de vendas no Brasil é inquestionável, a questão é como fazer isso acontecer [em termos produtivos]. Cada fabrican- te tem sua situação particular, mas as chaves são as políticas de incentivo e as agendas oficiais. A indústria local cres - cerá com a combinação de mercado potencial e incentivos públicos, além de competitividade. Basta haver iniciativa e vontade dos dois lados. Algo como o que aconteceu recente- mente nos Estados Unidos, com um anúncio conjunto de intenção de chegar a 2030 comelétricos respondendo pela metade das vendas e umpacote de US$ 1 trilhão em infraestrutura? Neste caso particular tenho dúvidas se será possível, será um longo processo diante do cenário atual, em que não há oferta e demanda ainda suficientes para isso. Mas tudo é possível. Lembro, po- rém, que o governo alemão tinha um plano de chegar a 1 milhão de elétri- cos/ano em 2020, o que não ocorreu. De qualquer forma um compromisso público é o fundamental e necessário para pavimentar esse caminho.
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