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20 Setembro 2021 | AutoData CONJUNTURA » DISTRIBUIÇÃO A baixa oferta de produtos está criando diversos efeitos no negócio das con- cessionárias. Há, emvoo panorâmico, sensação de que o setor experimen- ta realidade financeiramente favorável, no qual as vendas não dependem mais de grandes descontos ou campanhas pro- mocionais de divulgação na mídia – ge- ralmente caras. Os reduzidos volumes de produção nas linhas demontagem, graças à escassez de semicondutores, respondempela falta de muitosmodelos 0 KMnas lojas e levarama uma inversão de posição: agora é o consu- midor quem disputa o produto e não mais as marcas que disputam o cliente, como tradicionalmente ocorria. Nem todos, entretanto, estão nomesmo barco. Asituação que pode representar para alguns um reencontro com margens de rentabilidademais saudáveis é, aomesmo Por Eduardo Laguna Tá ruim, mas tá bom. Tá bom, mas tá ruim. Falta de veículos 0 KM cria dicotomia para a rede de concessionárias: situação ajuda e ao mesmo tempo atrapalha. tempo, grande dor de cabeça para outros, que ficaram semprodutos suficientes para pagar custos da operação. A ponto de ter sido necessário, então, que as montadoras saíssem a campo para socorrer as redes de distribuição até que o fornecimento de veículos novos seja nor- malizado – travessia que, pelo tamanho de proporção global da crise dos semi- condutores, pode se estender atémeados do ano que vem. As formas de apoio são variadas e vão desde ajuda financeira, com antecipação de bônus e dilatação dos prazos de pa- gamento, a alterações na própria linha de produtos, forma de fazer voltar as cegonhas a encostaremna porta das concessionárias, carregadas especialmente com modelos importantes na escala do negócio. Foi o caso da Volkswagen, que retirou a central multimídia do Fox e do Nivus em

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