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23 AutoData | Setembro 2021 2,7 % 5,6 % 1,8 % -16,4 % -23,7 % -24,0 % -56,0 % Volkswagen Nissan Renault Chevrolet Honda Ford Total Fonte: Jato Dynamics 16,4 4,4 7,8 18,3 7,1 8,5 110,8 16,9 4,5 6,5 13,9 5,4 3,7 117,1 * Cálculo do montante financeiro de janeiro a julho, com base no preço de tabela dos veículos vendidos, automóveis e utilitários leves. Valores arredondados. veículos demaior valor agregado e aomes- mo tempo eliminam equipamentos para oferecer também versões mais básicas, consequentemente de preço menor”. Operando em faixa de preço mais alta, com custos ajustados à oferta restrita e semas pesadas campanhas promocionais que caracterizam os segmentos mais po- pulares, as revendas descobriram que é possível praticarmargens de rentabilidade mais altas no negócio de carros novos. Há dúvidas, porém, se será possível sustentar essa situação no longo prazo: a tendência é de o espaço para reajustes de preços ficar mais apertado quando as condições de abastecimento se normali- zarem e o controle da pandemia permitir a volta de gastos que vinham ocupando pouco espaço no orçamento das famílias, como viagens e entretenimento. Dentro de um ambiente de normalida- de não é de se esperar que os brasileiros continuempagando, namédia, mais de R$ 100 mil na compra de um carro 0 KM: este é o entendimento de Cássio Pagliariuni, consultor da Bright Consulting: “A demanda não vem repetindo o pa- drão histórico de elasticidade a aumentos porque as pessoas deixaramde viajar, fazer cursos presenciaismais longos e reduziram os programas de lazer nos fins de semana. Esses gastos se deslocaram para a indús- tria, porémquando houvermaior liberdade para retomar estas atividades o cenário voltará ao anterior, commaiores despesas em serviços pelos consumidores”. Bennesby, da Abrac, conclui: “Até aqui o conjunto demedidas oficiais, das monta - doras e de adequação das revendas, tem permitido a manutenção das operações em território positivo. O grande teste será, contudo, após o retorno da oferta a pata- mares mais equilibrados à demanda”. ENQUANTO ISSO, NA FORD... Praticamente todos os concessionários Ford que estão fechando lojas já acertaram a indenização a receber da empresa pela desativação das fábricas no Brasil. Internamente a montadora dá como concluída a negociação commais de 90% da rede – tanto comquemfica quanto com quem sai –, após negociações individuais que têm valores mantidos em segredo. No fim de agosto o novo presidente da Ford na América do Sul, Daniel Justo, revelou em entrevista à Folha de S. Paulo que cerca de cem revendas serão fechadas sem que a marca deixe de ter, contudo, cobertura nacional. Antes da decisão de fechar as fábricas a Ford tinha 287 lojas no Brasil, de acordo como anuário daAnfavea. A avaliação na montadora é de que a rede está bem abastecida, apesar da falta de peças que limita a produção naArgenti- na eMéxico, de onde saema picape Ranger e o utilitário esportivo Bronco – alémdeles só há, no momento, o esportivo Mustang e o SUV Territory em oferta. A rede espera, ansiosa, a chegada da van Transit, produzida no Uruguai, e da pi- cape Maverick, esta só em 2022.

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