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38 Setembro 2021 | AutoData EVENTO » SEMINÁRIO AUTODATA Argentina possuem acordo ainda limitado por cotas – 50 mil do Brasil, 42 mil da Ar- gentina –, já tem imposto zerado para veí- culos estadunidenses e europeus. Aquele que incide sobre importações da Coreia do Sul, hoje em 14%, será gradativamente reduzido em 2 pontos por ano até zerar. Megale ponderou: “As cotas já não aten- dem ao crescimento do mercado”. Ele citou que a Volkswagen se esforça para crescer em toda a região SAM, sigla para América do Sul, Central e Caribe. Modelos produzidos nas quatro fábricas da companhia, três no Brasil e uma na Argentina, vêm ganhando espaço nos 29 países. De janeiro a julho foram vendidos pouco mais de 2 milhões de veículos nos países da região, crescimento de 37% so- bre igual período de 2020, dos quais 4,7% sãoVolkswagen sendo cerca de 80% deles produzidos na região. No lado dos pesados os desafios para o segundo semestre e 2022 vão além dos semicondutores: mudanças no cenário po- lítico e seus desdobramentos econômicos, variação cambial e dificuldades logísticas somam-se à lista, alertou Jens Burger, diretor geral do centro regional Daimler América Latina. Ele estimou o mercado na região em 100 mil unidades/ano, sendo Chile, Colômbia e Peru responsáveis por metade deste volume. Para Burger o custo do produto bra- sileiro ainda é um ponto de atenção: na média 10% a 15% a mais do que umveículo importado da Índia, por exemplo. E ainda apontou outros problemas: “No Equador, por exemplo, há extrema dificuldade para homologação, demora-se seis meses e gasta-se uma fortuna. A entrada é difi - cultada. No Chile, extremamente liberal, exige-se mais do Brasil do que da Europa. Pede-se certificado de origem com 60% de conteúdo nacional, algo que a Alema- nha não precisa”. E a Argentina, como anda? A despeito de dificuldades econômicas como inflação a 50% ao ano, dólar em torno de 100 pesos e perda de 9,4% do PIB ao longo de uma década, a Associação de Concessioná- rios de Automotores da Argentina, Acara, lançou arrojado plano de retomada do mercado automotivo até 2030. “Trata-se de um plano para dar susten- tabilidade e crescimento ao setor. Reuni- mos fabricantes, concessionárias, sindi- catos, governo e cadeia de fornecedores. Chegamos ao fundo do poço e vimos que precisávamos trabalhar todos juntos para começar a reverter essa curva e voltar a ser o que fomos em algum momento.” As vendas de 0 KM, que em 2017 che- garam a 901 mil unidades, hoje se reduzi- ram a praticamente a um terço, com 383 mil unidades, contou Marcelo Randazzo, diretor daAcara: “Para este ano calculamos

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