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40 Setembro 2021 | AutoData EVENTO » SEMINÁRIO AUTODATA alta de 15%”. Segundo ele o grande desafio do setor é justamente ampliar o mercado. Com frota de 10 milhões de automó- veis e comerciais leves e 45 milhões de habitantes, a proporção é de um carro para cada quatro ou cinco pessoas. A ida- de média, que já foi de 8,7 anos em 2017, hoje é de 9,7 anos, semelhante a 2011. O objetivo é chegar em 2030 com 14 milhões de veículos e índice de motorização de um para três. Aprodução, que chegou ao recorde de 845 mil unidades em 2011 e hoje está em 315 mil, é projetada em 1,8 milhão daqui a nove anos. Atualmente, com capacidade instalada para 1,3 milhão de unidades, a ociosidade chega a 75%. Das vendas ao mercado interno, que tiveram ápice em 2013, com 956 mil unidades, espera-se 1,2 milhão. ELÉTRICOS OU ECLÉTICOS? Para Christopher Podgorski, presiden- te da Scania Latin America, caminhões elétricos chegarão à região para conviver commodelos diesel, biodiesel, biogás, gás natural, HVO e híbridos: “O futuro não será elétrico, será eclético”. Ele acredita que a decisão de compra será do transportador, que fará as contas para entender qual tipo de powertrain é mais adequado para sua operação: “ASca- nia oferecerá todas”. Na América Latina a companhia avança com os seus caminhões movidos a GNV e biometano. Recentemente firmou parceria com a Comgás para acelerar a expansão de infraestrutura de GNV no Brasil. Por aqui, segundo Podgorski, já foram co- mercializados duzentos caminhões com a tecnologia. Na Colômbia já rodam 290 unidades, 97 na Argentina e 26 no Peru. AAmérica Latina representou 18% das vendas Scania no acumulado do ano, de acordo com o executivo. Pelos lados da Colômbia chama a atenção que, ao contrário da maioria dos países da América Latina, há desde 2009 políticas públicas para incentivar o uso de elétricos e híbridos. Rodrigo Anjel, diretor técnico da Andemos, Associação Nacional de Mobilidade Sustentável, lembra que “o governo local entende a importância dos elétricos e híbridos na redução da conta- minação do ar, um sério problema do país”. Lá elétricos e híbridos pagam IVA de 5% contra 19% dos modelos com motor a combustão interna. E o imposto de im- portação é zerado, ainda que híbridos em cota de 2,3 mil/ano. A associação quer mais: acabar com essa cota e zerar o IVA. Defende ainda criação de corredores que permitirão circulação dos elétricos por todo o país, com estações de recarga rá- pida a cada 80 quilômetros. Até julho os elétricos e híbridos soma-

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