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46 Novembro 2021 | AutoData AUTOPEÇAS » AFTERMARKET O mercado brasileiro de autopeças de reposição está vivendo um momento efervescente. Depois de encerrar 2020 em estabilidade ante 2019 – com uma queda marginal de 0,16%, segundo números do Sindipeças – o avanço neste ano está se mostrando notável: seu o faturamento cresceu 46% no acumulado do ano até setembro, último dado disponível. A metodologia do Sindipeças utiliza como base de cálculo média móvel tri- mestral obtida a partir de informações de 42 empresas que atuam no segmento, atendendo as linhas leve e pesada. Na linha leve o avanço é maior, de 57%, enquanto os negócios do segmento para a linha pesada avançarammenos, 25%. No ano passado a linha leve encerrou em alta muito leve, de 0,5% ante 2019, enquanto a pesada fechou em baixa de 1,3%. Ainda de acordo com os dados do Sin- dipeças o segmento de reposição res- pondeu, em setembro, por fatia de 14,8% do faturamento total das empresas de autopeças. É uma redução de quase 2 pontos porcentuais ante o mesmo mês de 2020, de 16,7%. Omelhor índice desde ano foi registrado em janeiro, 17,3%, e desde março se mantém estável na faixa de 15%. O fornecimento OEM, paramontadoras, responde pela maior fatia do faturamento do setor, com folga: em setembro, 66%. Por Marcos Rozen Reposição em alta Aumento dos serviços de manutenção pela pandemia, novos sistemas de e-commerce e envelhecimento da frota animam o segmento de aftermarket As exportações ficaram com 15,2% e as operações intrassetoriais com 3,8%. O segmento da reposição, assim, está, em 2021, umpouco abaixo da recentemé- dia histórica: desde 2015 sua participação no total do faturamento das autopeças está na faixa de 18%. Quem roubou alguns pontos porcentuais foi a exportação, em cenário favorável dada a atual taxa do dó- lar: cresceu de 15% em 2013 para 19% no ano passado. IDADE MÉDIA CRESCE O segmento da reposição, de qualquer forma, deve continuar a representar uma parcela importante dos negócios e tende a, no mínimo, retomar sua fatia histórica recente. Isso porque a idade média da frota brasileira – poucomais de 46milhões de veículos – tem avançado nitidamente. Na soma geral de todos os segmentos, incluindo motos, a idade média da frota nacional fechou o ano passado em 10 anos. Em 2013 era de 8 anos e 5 meses, e de lá para cá só aumentou. Por segmento os mais antigos namédia são os caminhões, com 11 anos e 10meses – em 2013, 9 anos e 6 meses. Depois vem os ônibus, 10 anos e 9 meses, os auto- móveis, 10 anos e 2 meses, os comerciais leves, 8 anos e 5 meses, e as motos, 8 anos e 4 meses. Em todas as faixas observou-se enve-

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