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» EDITORIAL AutoData | Novembro 2021 Por Marcos Rozen, editor Direção Geral Leandro Alves Conselho Editorial Isidore Nahoum, Márcio Stéfani, S Stéfani, Vicente Alessi, filho Redação Marcos Rozen, editor Colaboraram nesta edição André Barros Projeto gráfico/arte Romeu Bassi Neto Fotografia DR e divulgação Capa Foto: Divulgação/Stellantis Comercial e publicidade tel. PABX 11 3202 2727: André Martins, Luiz Giadas e Luiz Martins Assinaturas/ atendimento ao cliente tel. PABX 11 3202 2727 Departamento administrativo e financeiro Isidore Nahoum, conselheiro, Thelma Melkunas, Hidelbrando C de Oliveira, Vanessa Vianna ISN 1415-7756 AutoData é publicação da AutoData Editora e Eventos Ltda., Av. Guido Caloi, 1000, 4º andar, sala 441, bloco 5, 05802- 140, Jardim São Luís, São Paulo, SP, Brasil. É proibida a reprodução sem prévia autorização mas permitida a citação desde que identificada a fonte. Jornalista responsável Leandro Alves, MTB 30 411/SP autodata.com.br AutoDataEditora autodata-editora @autodataeditora Não é de se duvidar E m 2035, portanto daqui a catorze anos, nenhum grande mercado automotivo mundial venderá veículos novos a combustão. E em 2040, portanto daqui a dezenove anos, nenhum país do mundo. Se isso de fato ocorrerá só o saberemos daqui a catorze a dezenove anos. Mas foi isso que acordou uma aliança de países e fabricantes durante a COP-26, cúpula do clima, em Glasgow, Escócia, no início de novembro. Assinaram este acordo cerca de trinta países como Áustria, Canadá, Dinamarca, Índia, Noruega, Países Baixos e Reino Unido. Na América do Sul, apenas o Chile. A eles se somaram Ford, General Motors, Jaguar Land Rover, Mercedes-Benz e Volvo. Alguns destes tais grandes mercados automotivos não fazem parte da lista de signatários, como Alemanha, Brasil, China, Estados Unidos e França. Ocorre que, destes, o Brasil é o único que não tem uma política central estabelecida para o que se convencionou chamar de descarbo- nização. Não temos uma sinalização clara e definida do governo federal para este tema: “Nosso negócio é o etanol”, por exemplo. Ou flex, ou célula de combustível, ou vento. Seja lá o que for. Não sabemos sequer a razão pela qual o Brasil não assinou o acordo: será que não receberam um e-mail avisando da iniciativa, talvez? Dado este hiato perigoso – catorze anos para a indústria automotiva brasileira, como sabemos, é prazo enxuto em se tratando de desenvol- vimento e investimento necessário – restou ao setor privado, como já vimos em outras oportunidades, lutar pela própria sobrevivência futura, carregando por tabela seus impactos sociais, ambientais e econômicos. Exemplos práticos já estão aí, a olhos vistos. A propósito, e falando em iniciativas isoladas, a cidade de São Pau- lo também assinou este acordo na COP-26. Será que a administração federal acredita que a indústria possa produzir um tipo de veículo para os paulistanos e outro para os demais brasileiros? Não é de se duvidar...

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