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17 AutoData | Fevereiro 2022 não acontece em mercados saturados como os da Europa em cinco anos. Aqui se aprende muito. Observar como esse mercado reage é muito importante para todos nós da indústria. Na sua opinião o que falta ao mercado brasileiro para voltar a ter uma maior presença e representatividade nomun- do? JR: Vejo, principalmente, duas coisas: a primeira, conquistar estabilidade e sustentabilidade. Ações rápidas e lo- calizadas como baixar impostos tempo- rariamente para fazer crescer omercado de forma veloz não ajudam. Maior sus- tentabilidade permitiria que as empre- sas passem pela transformação que o mercado brasileiro precisa, sobretudo no que diz respeito aos fornecedores. Isso trará a competitividade de volta. A segunda é uma política a longo pra- zo, como o Rota 2030, também com regras de longo prazo. Por exemplo: a “ O mercado brasileiro tem especificidades que não são fáceis de entender para quem não viveu o dia a dia aqui.” Johannes Roscheck cidades que não são fáceis de entender para quem não viveu o dia a dia aqui. O senhor teria umamensagempara dei- xar a outros presidentes demontadoras que atuam no Brasil? JR: Há muitas pessoas extremamente capacitadas aqui. Pelas características domercado quem não o é simplesmen- te não sobrevive, não é possível disfarçar que você não sabe do que está falando por muito tempo. Tenho muita admira- ção e respeito pelos colegas de outras fabricantes. Todos estamos na mesma luta o tempo todo, e não é fácil. Eu diria que otimismo é fundamental, é preciso pensar positivamente e ver as possibili- dades do mercado brasileiro, que tem muito potencial a ser explorado. Aqui tudo é muito dinâmico, muito rápido. No Brasil pode-se enxergar tendências até globais, como se estivéssemos as- sistindo a um filme acelerado. O que acontece aqui em um ano geralmente

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