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40 Fevereiro 2022 | AutoData CONJUNTURA » COMBUSTÍVEIS A s constantes elevações dos preços dos combustíveis no Brasil estão seguindo trajetória tão imprevisível quanto a das variantes da covid-19 – e, assim como o vírus afeta a saúde da população, os preços nas bombas ameaçam a saúde de toda a economia, em especial a do setor de transportes de carga e de passageiros, vitimado di- retamente pelos reajustes. Para piorar o segmento espalha o avanço da inflação de seus custos para todos os lados. Uma nefasta combinação de fatores criou o atual círculo vicioso, a começar Por Pedro Kutney BOMBA-RELÓGIO NOS POSTOS Valorização do petróleo, desvalorização cambial e política de paridade jogam preços dos combustíveis nas alturas, o que prejudica fortemente o segmento de transportes pela cotação do barril de petróleo, que não para de subir: fechou 2020 a US$ 50, passou dos US$ 80 em 2021 e segundo projetam analistas segue para US$ 90 até o fim deste ano. Muitos já apostam até em US$ 100. O real desvalorizado com taxa de câmbio acima dos R$ 5 ajuda a turbinar as altas, que a Petrobras acompanha na íntegra desde 2016 com sua política de paridade de preço internacional. O resultado dessa política aparece todos os dias nas bombas de reabaste- cimento, quase sempre cobrando valores mais caros. Segundo acompanhamento Divulgação/Agência Brasil

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